Um poema para dar sequência à meditação d'A Católica sobre a leveza: Uma Arte, da norte-americana Elizabeth Bishop |
A arte de perder não é duro de aprender;
tantas coisas parecem cheias da intenção
de serem perdidas, que a sua perda não é um desastre.
Perca algo todos os dias. Aceite a agitação
de perder as chaves da porta, a hora mal aproveitada.
A arte de perder não é duro de aprender.
Então pratique perder mais, perder mais rápido:
lugares, e nomes, e onde você pretendeu
ir de viagem. Nada disso ocasionará um desastre.
Perdi o relógio de minha mãe. E veja só! o meu passado, ou
o meu passado mais próximo, de três casas amadas se foi.
A arte de perder não é duro de aprender.
Perdi duas cidades, adoráveis. E, maiores,
alguns reinos que tive, dois rios, um continente.
Eu sinto falta deles, mas não foi um desastre.
- Mesmo perder você (a voz que brinca, um gesto que
amo) eu não menti. É evidente
a arte de perder não é duro demais de aprender
embora se assemelhe (Escreva isto!) a um desastre.
Tradução: ~Ana Paula~A Católica
Saboreie também: A sustentável leveza do ser
Fotografia do dente-de-leão, por Paula
~Ana Paula~A Católica