7 de setembro de 2012

Arrogância

Muitas mamães de Primeira Viagem
empinam o nariz e dizem: "Não preciso de ninguém".
A realidade mostra como elas estão enganadas!...


(Fotografia de Vera Kratochvil)

Ando me divertindo à beça. Desde que o sufoco dos primeiros meses de maternidade passou e que agora é só (quase só) alegria, venho assistindo de camarote a muita mamãe de Primeira Viagem "quebrar a cara" - como dizemos aqui no Brasil. Ninguém - a não ser que esteja passando ou já passou por isto - faz noção do tombo que é na vida de uma mulher a chegada do primeiro filho. São meses de altos e baixos (mais baixos do que altos) nos quais tudo - eu escrevi tudo - o que você suplica a Deus são 15 minutos de sono tranquilo, sem a interrupção do choro de uma criança.

Falei com os meus pais, no último mês de gravidez, que eu precisaria ficar de 4 a 7 dias (!!) na casa deles, até que eu aprendesse a trocar fraldas e me sentisse segura para dar banho no meu neném, o fofíssimo Jaime Augusto. Quando eles me disseram que a casa deles estaria aberta a "visitas", nem os 4 ou 7 dias eu queria mais, porque, sejamos francos, receber parentes e amigos nos primeiros meses após o nascimento de um filho é de lascar - como também dizemos aqui no Brasil.

Você - no caso, a mãe - está detonada pelos pontos do parto, que incomodam e atrapalham os momentos de toilette; com os bicos dos seios superdoloridos, em carne viva, sangrando de (tentar) amamentar o bebê; extremamente cansada por não dormir, já que recém-nascidos não sabem a que horas é dia ou madrugada e vem alguém (ou alguéns) bater a sua porta para "visitar" e ficar de uma a 3 horas no seu quarto, literalmente em cima de você e do seu filho, falando sobre assuntos que não interessam. Sejamos honestos.

Por "melhor intencionadas" que as visitas sejam, os primeiros meses pertencem ao chamado ninho: mamãe, papai e bebê. Também, ao círculo mais íntimo deles: irmãos, avós e, no máximo, bisavós - a propósito, Jaime Augusto tem duas: minha Vovó Antonieta e Dona Erminda.