30 de julho de 2010

Não deixe para amanhã: grite HODIE!

Santo Expedito merece a nossa devoção. Êta santinho infalível!...

Imagem: Internet

Uma das coisas gostosas de ser católico é a veneração dos santos. Há irmãos nossos, cristãos, que torcem o nariz para a nossa coleção de imagens, dizendo que as "adoramos". Não é nada disso. Nós sabemos que a imagem não é "Deus". Ela apenas representa alguém que viveu, passou por aqui e foi muito, muito especial. Se ela se quebra (se for de gesso) ou se rasga (se for de papel), não tem problema. Nós a enterramos em algum local e adquirimos outra.

Aprendi com o Professor Felipe Aquino, por que nós, católicos, veneramos os santos. Um adendo: professor Felipe formou-se em Matemática, é Mestre e Doutor em Engenharia Mecânica e estudou Ciências Aeroespaciais no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (Ita). Teólogo, apresenta o excelente programa Escola da Fé na TV Canção Nova e já foi chamado de "Google da Igreja Católica". De acordo com ele, o culto que prestamos aos santos não é de latria (adoração), mas de dulia (veneração).

E por que nós, católicos apostólicos romanos, veneramos os santos?
O sábio professor tem três respostas a essa pergunta.
Nota: os exemplos para as respostas são de responsabilidade d'A Católica.

26 de julho de 2010

Mães que agem como Filhas

Magali, de blusa preta, recebe a irmã, Suzana,
que acabava de desembarcar no Aeroporto de Confins, na Grande BH,
vinda da África do Sul. Dois exemplos de Grandes Mães

Fotografia de Andréa Cristina
Eu ainda não me tornei "mãe". Sigo sendo apenas filha. Ou melhor: filha, irmã, neta, sobrinha, afilhada, prima, esposa... "Mãe", não.

E mesmo sem a perspectiva de ver a vida do ponto de vista de alguém que gerou um filho no ventre ou no coração, aprendi a distinguir como age uma verdadeira mãe: o milagre do casamento, do afastamento da casa dos meus pais, deu-me a distância justa e adequada para vislumbrar a minha e as outras mães.

Inesperada e rapidamente descobri que aquela mulher com quem eu tanto me desentendia, cujas ordens eu não compreendia (sobretudo na adolescência), sempre agiu como uma mãe deve agir.

Este texto não pretende ser um "elogio rasgado" - e suspeito - daquela que me trouxe ao mundo, que me deu à luz, como se diz. Quero apenas - e bem atrevidamente - chamar a atenção para o fato de que algumas mulheres não agem como mães. O que é o absurdo dos absurdos, porque uma "má mãe" vai ter uma influência terrível no caráter e no desenvolvimento do filho.

No que me consta, nem a Psicologia nem a Igreja divergem sobre a importância da figura materna na vida de alguém. Daí a urgência de nos educarmos para sermos "boas mães". Não sou expert no assunto - se não na prática, bem menos na teoria -, mas observando algumas mães, descobri que elas agem... Como filhas!

25 de julho de 2010

É fácil ler a Bíblia!

(A Bíblia ao lado é idêntica à que carrego na bolsa: formato de "bolso", Editora Ave-Maria.)

Uma vez participei de um seminário com a agora ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carmén Lúcia Antunes Rocha. Na época, ela era procuradora de Minas Gerais e atrasou-se mais de uma hora para a palestra que daria no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), porque estava ocupada com o então governador do estado, Itamar Franco.

Valeu a pena a espera.

Falando em Olhos...

Não é possível falar de "olhos" e não se lembrar de Santa Luzia (ou Santa Lúcia).

Conforme o monge beneditino Anselm Grün, em seu formidável livro 50 Santos (2005, Edições Loyola), Lúcia significa "a luminosa, brilhante, iluminadora". Ela sofreu o martírio em Siracusa (Sicília, Itália), durante a perseguição aos cristãos - a mais dura delas - promovida pelo imperador romano Diocleciano, que governou de 284 d.C. a 305 d.C.

Luzia pertencia a uma família nobre e foi prometida em matrimônio. Contudo, ela se recusava a casar, porque fez o voto de conservar-se virgem por amor a Jesus Cristo durante toda a sua vida.

Ficando sua mãe, Eutíoque, gravemente doente, o casamento foi adiado. A jovem convenceu-a a ir à tumba de Santa Águeda (ou Ágata) - outra mártir, que tinha vivido um século antes - para que obtivesse o milagre da cura. Que aconteceu! Com isso, Eutíoque consentiu que a filha não só se dedicasse à vida religiosa como distribuísse o rico dote, que seria do casamento, aos pobres.

O noivo, revoltado com a atitude de sua prometida, denunciou-a como cristã.

24 de julho de 2010

Rezando pela cura dos olhos e da visão

A convite da minha prima Mônica Alessandra, começamos neste ano de 2010 uma corrente de oração - bem, não gosto da palavra "corrente", então vou trocá-la pela expressão Grupo de Oração à Distância - pela proteção dos nossos olhos e dos olhos de nossos descendentes contra toda doença que puder acometê-los.

Convido você a participar conosco.

23 de julho de 2010

Cartinha ao Vovô Raul

Fotografia de Ivagner

NOTA: Esta carta foi escrita por ocasião da morte do meu avô paterno, no anoitecer de 19 de abril, dia de Santo Expedito. Ela está sendo distribuída a cada um dos seus 12 filhos.


Remetente:
Ana Paula,
“manezinha da ilha”

Destinatário:
Vovô Raul,
Avô e Grande Amigo


Florianópolis, 24 de abril de 2010

- Bença, Vovô!

Tô lhe escrevendo aqui de Floripa. Uma chuva... Dessas que faz flores, folhas e galhos tremerem todos com o ímpeto do vento, da água. O rigor da vida.

Tô aqui me preparando pro vazio que me espera em BH.

Reminiscências da Fausta (Nelita Fausta)

Dona Nelita ou Mãe-Ita aos 29 anos -
a gorgeous lady with green eyes


Imagem: Arquivo de Família
NOTA: Este texto sobre a minha avó materna, que morreu em 17 de março de 1990, foi enviado a parentes em novembro de 2009.



Tenho saudade da Mãe-Ita.
Dos seus cabelos dourados de fios
duros.
Dos seus olhos verdes e seu nariz
redondo.
Do dorso de suas mãos.
Do seu cinto branco.
Da anágua bege que ela usava
sobre as pernas roliças brancas.
Do sofá verde desconfortável.
Do piso de taco cor
de sol, de mel, de caramelo.
Dos jornais que ela espalhava pela sala
pra que a luz não estragasse
o tecido, a cera
e não envelhecesse tudo.
Do forro de plástico cor-de-rosa
onde eu escrevi uma vez:
"Vovô João cara de melão"
e ela não gostou. Exigiu respeito.
Do armário de portas brancas
onde ela escondia revistas
velhas.

O preconceito contra quem não trabalha fora

Menosprezar o TER e investir no SER incomoda muita gente

Quadro do artista italiano Modigliani: Retrato de Uma Senhora De Limpeza (1916)

Nota: Esta crônica foi publicada no site da Canção Nova entre os meses de outubro e novembro de 2009. Creio que tem tudo a ver com o modo de ser e viver católico.


Há preconceitos de todo tipo no mundo. Para todos os gostos, ou melhor, desgostos. Mulheres e negros estão entre as principais vítimas e são alvo de piadas por causa disso. Um tipo de discriminação, porém, alastra-se como uma neblina densa que envolve a todos, mas que poucos querem notar. É o preconceito econômico.

Você pode senti-lo explicitamente se for a um shopping center sofisticado sem uma roupa de uma grande grife. Sobretudo as mulheres vão olhá-lo com desaprovação de cima a baixo como se fizessem um raio-x do seu cabelo até o dedão do pé, para deixar claro que você não está adequado. Já passou por esse embaraço?

Noite de sexta-feira

Imagem: Petr Kratochvil

Este texto é só um teste. É o primeiro. Nunca pensei que fosse produzir um Blog tão rápido. Bem no meio do prazo final da entrega da minha monografia. Fiz um curso de pós-graduação e fiquei devendo o trabalho final. O tema é surpresa. Garanto que bem Católico. Porque desde que voltei para a Igreja, seus ensinamentos, sua organização são o que mais me atraem.

Não quero que este Blog seja um diário bobo onde "derramo" minhas elocubrações. É encantador perder nosso tempo com algo que, no final, descobrimos que foi um ganho. Um bom texto me motiva muito. Três coisas me alegram "de gelar os ossos" (no bom sentido): um bom texto, um bom livro ou um bom filme. Que gostoso descobrir que gastamos duas horas ou um mês com algo que nos acrescentou, que nos instruiu, que nos ajudou a tentar ser melhor.

É este o propósito deste Blog: acrescentar, contribuir.

Vi dois avós maravilhosos morrerem em menos de um ano. E apesar de haverem vivido um 66 anos e o outro quase 96, achei pouco. Quero ir embora daqui com uma mochila cheia de lições e de vitórias contra o lado escuro de mim mesma. Cada dia é uma luta para tornar Deus não a Lua, mas o Sol da minha vida. A luz que ilumina meus pensamentos, minhas palavras e meus atos. Tenho muito a aprender!... Vamos aprender juntos?

P.S. Devo o empurrão para fazer este Blog ao meu amado tio Luiz Carlos Alvarenga e a seu filho, o "hiperativo" Carlos William, o Cacá, meu padrinho de casamento!


~Ana Paula~A Católica