23 de outubro de 2013

Um perfil (breve e interessante) do Papa Francisco

Livro escrito por jesuíta que conviveu com o novo Pontífice
traz ótima biografia resumida.
A Católica adorou e divide com você excertos!

(Archbishop of Buenos Aires Jorge Mario Bergoglio on April 18, 2012.
Image is cropped from the original -
Gobierno de la Ciudad de Buenos Aires, photo of Sandra Hernandez)


Ele está na moda. De cara, ao entrar nas livrarias aqui no Brasil, um desfile onipresente de rostos sorridentes de Jorge Mario Bergoglio dispostos sobre mesas e prateleiras. Fica difícil considerar: qual o melhor livro pra levar pra casa? Eu titubeei todos esses primeiros meses de pontificado do simpático argentino até finalmente ceder ao apelo de O Novo Rosto da Igreja - Papa Francisco (Edições Loyola, 2013).

O que me seduziu nesse título, pra que finalmente me dispusesse a comprar uma das obras que ostentam, na capa, a face boa e serena do Papa?

Resposta: o autor. Luís González-Quevedo, SJ ("Padre Quevedinho") conheceu de perto Jorge Mario Bergoglio, agora chamado simplesmente de Francisco. Outra coisa: o livro é finíssimo. Não que livros grossos me assustem. Mas é que, como já observei no Post Nº 200 do Blog: Uma Via-Sacra Especial!, é vero que "nos menores frascos estão os melhores perfumes". São apenas 94 páginas repletas de informações, depoimentos e uma ótima bibliografia no final.

Enfim: terminei a leitura "mais sábia" (cof. cof. cof) e com a certeza de que, mais uma vez, o Espírito Santo caprichou na escolha do novo guardião das chaves do Céu!

Este novo Post d'A Católica traz um aperitivo que, nem de longe, faz jus a tudo de bom que O Novo Rosto da Igreja - Papa Francisco contém. Mesmo assim, espero que você se delicie com alguns trechos que selecionei e que reproduzo a seguir. Se puder, adquira já um exemplar para chamar de SEU. Saúde e Paz!!

Fotografia de Ana Paula (acatolica.blogspot.com)

18 de outubro de 2013

Gemidos de Menos, Dores de Mais

Um Post sobre sons e ruídos de amor e de violência doméstica,
que ultrapassam janelas, portas e paredes dos vizinhos

(Fotografia de George Hodan)

Morei num lugar onde, vez em quando, dava pra ouvir uma mulher gemer de prazer. Sério. Eu acordava por volta da 1h da madrugada, ouvindo aquele som... No dia seguinte, comentava com uma conhecida, que me dizia: "Pode ter a certeza de que, gritar daquele jeito, só pode ser pra aparecer". Numa vez, houve gritos de socorro. Eu não os ouvi bem. Não sei de onde vinham. O dia estava quase amanhecendo e acordei com meu pai "pendurado" na janela: "Larga ela, senão chamo a polícia!". Alguém já havia chamado. A PM (Polícia Militar) chegou e deve ter feito a ocorrência.

Ter vizinhos - quem não os tem? - é assim. Mesmo um tanto de longe, cercados por paredes, protegidos por portas e atrás de janelas, dá pra acompanhar alguma eventualidade, quando ela se sobressai, quando os ruídos vazam. Sobretudo, se isso ocorre na calada da noite ou no alvorecer.

Acontece, porém, que nem sempre a violência doméstica (ao contrário dos gemidos de prazer) se dá quando a maioria das pessoas está dormindo. Quando se torna comum, parte da rotina de um casal, como se levantar da cama, montar a mesa do café, recolher toalhas do varal, esticar o pano que recobre o sofá, ela ocorre a qualquer hora. Sempre é hora de apanhar. Sempre é hora de "ser enforcada", levar um chute ou ouvir palavras como: "Você é irresponsável!"; "Você não presta!"; "Você é velha!".

Como católica, o que fazer quando você nota que o marido da vizinha é um boçal?

Tocar a campainha e aconselhar essa pessoa a chamar a polícia? A desabafar com "algum parente de confiança"? A sair de casa correndo? A se separar? Qual das opções é a melhor? Qual é a mais sensata?

Quando alguém na família é alcoólatra ou drogado, geralmente procura-se instituições especializadas para orientação e ajuda. E quando alguém é violento? Maltrata uma mulher com as mãos, os pés e as palavras? O que fazer? Artistas, políticos... Vão todos pra TV dizer que a esposa NÃO deve tolerar a violência doméstica, e SIM denunciar o marido. Ora, se Santa Rita de Cássia tivesse feito isso, não teria se tornado o que é. Afinal: quem permanece numa relação assim é uma anta completa ou uma santa?

Sei que dentro dos caixotinhos chamados apartamentos e das amplidões de casas que ainda resistem à verticalização dos bairros, acontecem coisas de entristecer Nosso Senhor. Coisas que esposos como São José jamais seriam capazes de fazer. Existem homens perturbados, boçais desequilibrados, que são leões sob pele de ovelhas, gente que colegas de trabalho, irmãos e pais duvidariam de que seria capaz de pisar numa formiga ou assustar um gato de rua, que dirá encostar a mão na esposa.

Pensa-se e fala-se muito na "solução": xadrez. Divórcio. A raiz ou a causa primeira do problema, ninguém quer abordar, ninguém debate. Onde nasce a violência? Onde ela começa? Onde o marido espancador aprendeu a humilhar, a agredir? Eu tenho a teoria (não verificada, puro "achismo") de que aprendeu em casa, vendo a violência dos próprios pais. Vai ser difícil alguém me provar o contrário. Marido que maltrata a esposa viu na infância, de cadeira V.I.P., o próprio pai fazer isso - inúmeras vezes - com a mãe.

Quanto a mim, quem me dera ouvir gemidos de mais e dores de menos.

A propósito, e para tornar mais leve este Post pesado, numa vez, quando tinha um programa na Rádio Itatiaia (muito ouvida aqui em Belo Horizonte), o político e consultor de comportamento Antônio Roberto respondeu assim a uma ouvinte que lhe escreveu indignada sobre a vizinha que, todas as vezes em que "fazia amor" com o marido, fazia muito "barulho": "Você está é com inveja! Deixe a sua vizinha ser feliz e trate de ser feliz também, que eu duvido que os gemidos dela vão te incomodar!...".

Fotografia de George Hodan


10 de outubro de 2013

Feliz Aniversário, Barbarella!

(Fotografia de alex grichenko)

(Fotografia de Petr Kratochvil)

Bárbara Kelly Querida,

Vou começar dizendo o que você já sabe: o significado do seu nome. Bárbara é "estrangeira". E estou certa de que em muitos momentos da sua vida você já se sentiu... Meio fora de lugar, inadequada, como se pertencesse a outra civilização, a outro tempo e espaço. Como eu sei disso? Ora, porque você gosta de escrever e quem tem essa sina, tal como herdada do Vovô Raul, sente-se assim. Não tem jeito!...

Porém, conforme o dicionário, bárbaro, aqui no Brasil, também é uma "exclamação usada para indicar admiração, aprovação ou entusiasmo"; um adjetivo "que revela qualidades positivas". Ou seja: seus pais capricharam quando escolheram o seu 1º nome e selaram o seu destino!

Fotografia de Anna Langova

Quanto ao seu 2º nome, Kelly, descobri que significa "filha da guerra" e também "guerra" ou "conflito". Não se apoquente. Estamos aqui para fazer o que São Paulo nos recomenda no capítulo 6 da Carta aos Efésios:

"Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares.

Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever. Ficai alerta, à cintura cingidos com a verdade, o corpo vestido com a couraça da justiça, e os pés calçados de prontidão para anunciar o Evangelho da paz. Sobretudo, embraçai o escudo da fé, com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno.

Tomai, enfim, o capacete da salvação e a espada do Espírito, isto é, a palavra de Deus. Intensificai as vossas invocações e súplicas. Orai em toda circunstância, pelo Espírito, no qual perseverai em intensa vigília de súplica por todos os cristãos" (Ef 6, 11-18).