29 de novembro de 2010

Bloggueiros: temos a missão de ser como SANTO ANDRÉ

O exemplo do irmão de São Pedro nos estimula a esquecer, por ora, os de fora
e voltar a nossa evangelização para nossa família, nossos parentes

Um dos textos mais interessantes que li sobre o irmão do 1º Papa (São Pedro), está na edição deste mês da ótima revista Canção Nova, da comunidade católica de mesmo nome que, certamente, você já ouviu falar. Padre Fabrício Andrade - um dos melhores padres-pregadores desde que Padre Léo nos deixou em 2007 - escreveu um texto tão primoroso sobre Santo André, quanto suas palestras e homilias. Êpa! Antes de prosseguir, seria bom refrescar a nossa memória sobre quem ele foi, certo? (Não, não o padre, e sim o irmão de Pedro.)

O nome desse santo, um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, sem querer querendo inspirou o da minha irmã Andréa Cristina. Segundo o excelente livro - que você não pode deixar de incluir em sua biblioteca católica - Os Cinco Minutos dos Santos (Editora Ave-Maria, 2006), André significa "varonil", "robusto".

Um primeiro ponto interessante em sua história é que ela é a prova de que os evangelhos não são tão parecidos como muito gente pensa.

"O Rio de Janeiro continua lindo... O Rio de Janeiro continua sendo..."

Este Post d'A Católica é uma homenagem e uma Declaração de Amor
à cidade mais MARAVILHOSA do mundo!
Nessa semana, ela venceu uma batalha importante contra a violência

Policiais cravaram uma bandeira do Brasil e outra do Estado do Rio de Janeiro no ponto mais alto de morro do Alemão nesse domingo, 28 de novembro. Foi um acontecimento e tanto.

O morro fica no Complexo do Alemão, "uma das maiores e mais populosas favelas do Rio", segundo um site chamado Favela Tem Memória. O jornal Extra informa: "com 13 favelas e uma área do tamanho de 296 campos de futebol, o Complexo do Alemão, na Zona Norte, é atualmente o esconderijo da facção criminosa mais bem armada do estado do Rio". Lá, morariam 250.000 pessoas. O jornal O Globo completa: "na área, são comuns os confrontos entre traficantes rivais e entre bandidos e policiais".

[Nota: favela, para quem não reside no Brasil, é um "conjunto de casebres toscos e miseráveis, geralmente em morros e onde habita gente pobre" - Dicionário Priberam.]

Desde quinta-feira, dia 25, as polícias Civil e Militar do Estado do Rio de Janeiro e soldados do Exército brasileiro, além de um tanque da Marinha, empenhavam-se em (re)tomar o local do domínio do tráfico de drogas. Nesse domingo, os 2.700 homens que compunham as forças de segurança atingiram o objetivo. Conforme a imprensa, até as 00h45 da madrugada desta segunda-feira, eles apreenderam:

27 de novembro de 2010

NATAL: enfim, chega a melhor época do ano. Viva!

Vê essa foto? É assim que enxergo uma árvore sem os meus óculos.
ADVENTO é isto: preparar-nos para O NATAL,
quando todos ajustaremos o nosso foco: Jesus é Deus que se fez homem por nós!

Sou louca pelo Natal. Louca. Fico deslumbrada com as luzes nas ruas do centro de BH, com as decorações dos shoppings, com as pessoas parando os seus carros para distribuir presentes para as crianças e suas famílias desfavorecidas, com as músicas do John Lennon, da cantora brasileira Simone e, sobretudo, do excelente A Harpa e a Cristandade - LP que meus amados Vovô João e Mãe-Ita tinham e que, anos mais tarde, Papai Tuti adquiriu na forma de CD.

Ter retornado à Igreja Católica, contudo, tornou o final de Novembro até o início de Janeiro muito mais especial. Além do Papai Noel com sua maravilhosa roupa vermelha e sua barba (a cada ano que passa, mais alva e reluzente); meus olhos se abriram para focar uma figurinha delicada, não menos reluzente, mas que, diante das imensas árvores de Natal, fica meio apagadinha, quase esquecida: o Bebê Jesus, deitadinho na manjedoura de palha, rodeado por reis e pastores, vaca, cavalo e ovelha.

26 de novembro de 2010

SMACK!!!!!

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Um Post com muitas, muitas, muitas imagens de BEIJOS!

(Fotografia de Hans-Günter Quaschinsky - 1956)

O amor está no ar. Pelo menos, no meu ar...
... E porque quero que esteja no seu ar também, selecionei fotos e trabalhos artísticos de casais se beijando!
Para embalá-las, trouxe um poema da mineira Adélia Prado sobre o melhor lugar do mundo para um beijo ocorrer: o casamento.

Bom Fim de Semana!
Até o próximo Post!
(Deixe-se INSPIRAR!)

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram
ele fala coisas como 'este foi difícil',
'prateou no ar dando rabanadas'
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

25 de novembro de 2010

Por que muitos amores não duram?

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Poucas coisas na vida me enternecem mais do que isto:
a atração entre um homem e uma mulher
e, particularmente, a sua duração. Por anos e anos...

Joguei fora minha primeira carta de amor. Tinha 12 anos. O nome dele era João Bosco (se não me falha a memória). Ops. A carta, na verdade, era dele: eu era a destinatária. Memorizei a sua letra e o conteúdo. Nunca lhe respondi. Não sabia o que dizer. Nunca soube. Até hoje não sei. Eu não o amava. Mas, não queria dizer. Também não o encorajei a mais nada. Guardei o silêncio. E a vida inteira agi assim.

Meu jeito de romper as ilusões alheias é... Guardar o silêncio. Nunca consegui ser direta ou rude. Apenas, silenciosa.

Há algo que acho sagrado e misterioso. A atração entre um homem e uma mulher. Não estou falando do desejo sexual somente, mas daquele visgo que faz um homem e uma mulher se olharem, um dia, de um jeito diferente e quererem passar o maior tempo possível juntos. Se tudo correr bem - e nenhum deles já tiver assumido um compromisso com alguém antes - ficarão juntos.

O engraçado é que, para mim, o mais bonito nas histórias de amor - tão lindamente retratadas no cinema - não são o seu início. E sim, o seu andamento. Sobretudo quando ele ocorre há décadas. Dessa forma, é enternecedor não um jovem casal adolescente, mas aquele que vejo, que sinto, nos shoppings, na praia, nos restaurantes. Aquele casal que divide o mesmo teto por muito tempo. Isso me emociona.

Estava no consultório da minha ginecologista, diante das revistas dispostas na grande mesa de vidro no centro da sala de espera. Peguei uma Caras e fui folheando como gosto, como oriental: de trás para frente. Desde que chegou ao mercado editorial brasileiro, em 1993, a revista tem uma coluna de... Psicologia (se é que posso chamá-la assim)...

24 de novembro de 2010

Sou pecadora SIM e com orgulho!

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A Católica comenta mais um (bom) livro católico
que você não pode deixar de ler!

Meditando com pecadores e pecadoras do evangelho - Paulus

Quem constuma conversar comigo, sabe do meu Imenso Amor e Admiração pelo Padre Léo - sobre quem vira e mexe, mexe e vira falo aqui, nos Posts d'A Católica. E como não viver apaixonada por esse Ser Humano Espetacular, que conheci graças à programação da TV Canção Nova? Pois foi com ele, Padre Léo, que aprendi a assumir a minha condição de pecadora, a não me envergonhar dela e, sobretudo, a encontrar os meios de superá-la.

Durante minhas andanças por livrarias católicas (as minhas preferidas), meu olhar sempre foi atraído para esta obra: Meditando com pecadores e pecadoras do evangelho (Paulus, 2003). Folheava-a e nunca a levava para casa, porque pensava comigo mesma: "Deus me livre! Que livro bobo! Quero aprender com santos, com gente do bem, e não com pecadores!". Contudo, como eu disse linhas arriba, quando a gente conhece Jesus Cristo e a Sua missão através dos ensinamentos e da sabedoria do Padre Léo nunca mais é a mesma pessoa.

Levei o livro para casa. E não me arrependi. Muito pelo contrário: devorei-o em 4 ou 5 dias. Simplesmente excelente e, justamente por isso, indico-o para você, a fim de que queira lê-lo também!

Vamos a sua estrutura. Vale reproduzir aqui a reflexão de seu autor, José Bortolini, logo na Introdução:

Quando a gente NÃO SABE revidar um desaforo

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Não adianta "treinar diante do espelho":
tem hora que o Espírito Santo não nos inspira algo para dizer a alguém

Tenho uma mania... Conversar sozinha! Você "sofre" disso também? Como alguém que joga xadrez ou dominó consigo mesmo (nos momentos de treino ou de tédio), vou travando diálogos infindáveis de mim para comigo. Claro, eu sou eu e o meu outro eu "dialoga comigo", como se fosse uma outra pessoa - no caso, alguém com quem tenho alguma questão não resolvida.

Já "debati" com faxineira, com ex-colega de trabalho, com parentes, com... Tanta gente! Uma vez, entrei no banheiro da Faculdade de Economia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), quando a unidade ficava na Rua Curitiba, no centro de BH, falando sozinha. E exaltada! Não é que eu não havia notado a existência de um ser, uma estudante (ou secretária, não sei), usando um dos vasos (sanitários)? Eu lá, erguendo os braços diante do espelho e outra pessoa ouvindo tudo!...

Faço isso (ou fazia, porque estou seriamente empenhada em me livrar desta mania), bem, como os atores fazem antes de estrearem uma nova peça no teatro: eu ensaio algumas falas, alguns diálogos antes de me encontrar com alguém a quem eu tenho "poucas e boas" para falar ou de quem eu acho que vou ouvir "poucas e boas". Raramente (raramente mesmo) as coisas se dão como eu imaginei ou ensaiei... C'est la vie!

Pondo a questão em pratos limpos - como dizemos aqui no Brasil:

23 de novembro de 2010

Internautas, vamos de mãos dadas: 4 meses d'A Católica!

São necessárias muitas mãos para se construir um Mundo Melhor,
o Mundo com o qual Jesus sonhou.
Obrigada por estender a sua em direção a minha!

Uma das coisas mais lindas que estou aprendendo desde que me tornei Bloggueira (com dois "G", porque sou do Blogger!), bem, é como precisamos uns dos outros. Hoje, exatamente HOJE, A Católica completa 4 meses de existência e devo muito a muitas pessoas!... Incluindo você. Sim: você mesma(o), que me dá a Alegria imensa de ler este Post ou qualquer um dos outros que já escrevi no e para o Blog!

Dentre as mãos que me valem, destaco as autoras do Blosque e do Dicas Blogger - quem pensa em se tornar Bloggueiro (com B maiúsculo), não pode deixar de visitar esses 2 blogs.

Dentre os olhos que me favorecem estão os seus, que acompanham as crônicas d'A Católica sempre que podem, e especialmente os olhos dos internautas que se arriscaram a me contentar com um comentário durante este 4º mês na blogosfera, que se encerra hoje:

Saudades do Primeiro Presidente Católico dos EUA

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Por motivos não bem explicados, há 47 anos, John Kennedy deixava em prantos
uma esposa, dois filhos, parentes e toda uma nação

No momento em que escrevo este Post, meu marido e eu assistimos ao especial do History Channel (excelente canal de TV a cabo) sobre os tiros que mataram John Fitzgerald Kennedy (1917-1963) há exatamente 47 anos e um dia atrás. O primeiro presidente católico dos Estados Unidos.

Os primeiros a confirmarem a tragédia, que ocorreu em 22 de novembro, foram justamente dois padres que estiveram no hospital (na cidade de Dallas, no Texas), onde ministraram a Unção dos Enfermos no paciente. Na verdade, de acordo com o documentário, Kennedy já havia chegado morto à unidade.

22 de novembro de 2010

Aprendendo a sofrer com CECÍLIA

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Hoje é dia de Santa Cecília e não posso deixar de mencionar isso n'A Católica!

1º) Porque AMO música e muitas, muitas mesmo, alegrias na minha vida, eu devo aos músicos, que ela especialmente protege! (Na seção Menu. Sirva-se!, há a categoria Música Popular, com crônicas sobre artistas e suas criações.)

2º) Porque ela me faz lembrar de uma colega do colégio que tinha seu nome. Papai Tuti me apresentou os Beatles, mas foi a doce Cecília, gamada no Paul McCartney (que há pouco fez shows aqui no Brasil), que me incitou a amá-los.

Cá estou na casa dos meus pais, portanto, sem minha biblioteca católica, minhas hagiografias e meus livros de orações. O que eu escrever aqui será "apenas de cabeça". Prometo a você que, tão logo eu chegue em casa, selecionarei uma linda oração a Santa Cecília e a digitarei no final deste Post... Combinado?*

Por ora, escrevo sobre algo que me marcou a respeito dessa santa, martirizada no século III e que tem a música associada a seu nome... Eis algumas razões disso: uns dizem que ela estudou música sacra, outros que aprendeu harpa (embora as imagens quase sempre a retratem tocando um órgão!) e há os que relatam que, durante a festa de seu casamento, ficou atenta à música que ouvia em seu próprio coração, a qual dedicava a Deus. Existe ainda a versão de que, enquanto se dirigia a suas núpcias, Cecília - que convenceu o noivo Valeriano da importância da sua virgindade - teria ouvido uma sinfonia de anjos.

21 de novembro de 2010

Café contra Fios de Cabelos Brancos: vou mudar o meu jeito de ser!

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Hum!... Uma boa xícara de café é TUDO o que preciso
para respirar fundo, sentir o aroma, degustar e... Bola pra Frente:
encarar mais uma semana na minha vida! Boa Segunda-Feira pra você também!

Hoje, olhei no espelho e me lembrei do rei do Baião: "O meu cabelo já começa prateando/ Mas a sanfona ainda não desafinou...". Rei do Baião é como é conhecido o meu segundo cantor preferido, Luiz Gonzaga (1912-1989). Lembrei da canção Hora do Adeus, porque meu cabelo tá prateando e começa pela franja. Olho com apreensão: linhas de expressão e rugas não me assustam tanto quanto os fios brancos. Parece perda de identidade: meus cabelos sempre foram castanho-escuros. Agora, dia após dia, o escuro dá lugar a um claro que, nesse caso, não é muito bem-vindo!

É o ritmo da vida.

Perguntei uma vez a minha madrinha, Suzana, como ela conseguia morar há tantos anos na África do Sul - dez - e não se revoltar, apesar da sua imensa vontade de tornar a residir no Brasil. Seu segredo: alinhar-se às circunstâncias. Vestir a camisa. Dançar conforme a música. Alguns entenderiam isso como "conformismo". Ts. Ts. Ts. É resignação, tal e qual o dicionário a define: "submissão à vontade de Deus", ou seja, a receita de Dindinha aparentar uns 20 anos a menos. Uma senhora Jovem, de pele esticadinha e viçosa. E brilho nos olhos.

Fico pensando em quantas pessoas passam por problemas menos "insolúveis" - minha madrinha, por ora, não tem como "jogar tudo para o alto" e retornar -, bem, pessoas com problemas com uma solução mais à mão e que, não obstante, têm o rosto abatido, uma feição para baixo e, o que é pior, os olhos sem brilho. Portam-se como as últimas dos moicanos, como as infelizes. Derrotadas.

19 de novembro de 2010

Que alívio: NÃO preciso ser maior do que ninguém!...

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A festa de Cristo, Rei do Universo me ensina a reconhecer e assumir o meu lugar:
sou uma serva, a exemplo da vocação de servir
da qual a realeza de Jesus está imbuída!

De acordo com a minha revistinha Ano Litúrgico - C - 2010, das Paulinas, neste domingo, dia 21 de novembro, a Igreja Católica celebra a festa de Cristo, Rei do Universo. Como jornalista que fui, poderia destrinçar aqui, agora para você que festa é essa, por que e desde quando ela ocorre. Mas, isso você pode encontrar em bons sites católicos, como nesta página da cancaonova.com.

Neste post d'A Católica, quero apenas elucidar o que essa celebração significa para mim. E sinta-se à vontade para fazer o mesmo: vá em comentários, logo abaixo, e diga por que essa festa também é importante para você! Será um prazer saber do seu Ponto de Vista!

Bem, sempre tive problema com as imagens de Jesus Cristo, o Nazareno, o Galileu, que morreu crucificado, nu, e sempre elegeu os pobres e excluídos como seus preferidos, representado com vestes luxuosas e coroas radiantes, cheias de pedraria. Para mim, parecia que toda essa parafernália destoava da Sua personalidade e que Ele não gostava de se ver "sufocado" com tantos objetos inúteis. Sempre amei em Jesus aquele "vestido" branco, simples, e os pés descalços...

"Vou jogar fora no lixo!... Jogar fora no liiiiixo!..."

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Seria bom lançar fora tudo o que não gostamos em nós ou que fizemos de feio...
... A psicologia do "Ano Novo" serve para isso. MAS, temos que tomar cuidado
para não nos livrarmos de aspectos importantes para a nossa saúde mental!

O Natal e o fim de ano se aproximam e por mais que o meu Amado e Saudoso Padre Léo tenha dito em várias palestras suas que nada de novo acontece entre o dia 31 do Ano Velho e o 1º do Ano Novo - árvores continuam sendo árvores, paradas no mesmo lugar -, não consigo escapar desta sensação de renovação, de que uma nova oportunidade me será dada. "Ano Novo, Vida Nova" - não é o que os outros dizem?

Então, navegando pela Web, vi a foto desses cestos de vime esturricando num sol que me parece tão gostoso... Fiquei entre querer estar à frente dos cestos, esquetando as mãos e a pele na luz quente, ou abri-los todos para poder lançar neles tanta sujeira que há em mim!...

18 de novembro de 2010

Post número 100 d'A Católica: como fortalecer a minha FÉ?

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Fé é como músculo: sem dedicação, atrofia e deixa de funcionar.
Ai de mim, se não alimentá-la! Ai de mim, se não me exercitar!...

O Post dessa quarta-feira foi dedicado a minha prima Mônica Alessandra. O desta quinta, o 100º d'A Católica... Também! É que, em resposta a Sem medo de MERGULHAR em mim e ME DESPIR na confissão, Mônica me mandou um e-mail dizendo para eu continuar "bem firme" na minha fé. Noutro dia, em um outro e-mail, ela também relatou que estava feliz com a minha "conversão" e a minha "fidelidade a Deus".

Os elogios da minha prima, que poderiam envaidecer qualquer um, a mim, porém, causaram mais apreensão do que propriamente alegria. Porque a conversão, a fidelidade a Deus e a fé não são troféus que a gente ganha e... Pronto: basta pôr na estante da sala de estar ou do quarto e está tudo resolvido.

Eu não fui abençoada com o Dom Divino da Fé. Quero dizer: a fé não é produto da Graça. Ou melhor: ela pode até ser uma Graça que vem do Alto, CONTUDO precisa (e muito) do nosso esforço. Ela é como um músculo que, sem exercício, atrofia e, se bobear, perde a função e deixa de existir. Minha prima me elogiou, mas, ai de mim se não exercitar a minha fé: a "conversão" e a "fidelidade a Deus" vão para as cucuias (como dizemos aqui no Brasil)!

17 de novembro de 2010

Sem medo de MERGULHAR em mim e ME DESPIR na confissão

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SPLASH! De vez em quando, por mais atarefados e dispersos que sejamos, temos que dar uma parada para mergulhar... No Mar De Dentro de nós mesmos! Li no site Mundo Estranho que 60% do corpo humano é água. Pois então. Somos atletas, nadadores ambulantes e, muitas vezes, nem nos damos conta disso. Seguimos por aí e acolá, boiando (isso, quando sabemos boiar) na superfície de nós mesmos, sem coragem de dar um mergulho pra valer a fim de, quem sabe, tocar no nosso fundão... E ver o que há por lá!

Por isto, adoro me confessar: é uma maneira e tanta de tocar no meu fundão! Ou melhor: o que gosto mesmo é de me preparar para as confissões. O preparo para um (bom) mergulho é importantíssimo. Caso contrário, mergulhamos, porém não vamos até o fundo, já que não preparamos o nosso fôlego para isso.

E eu me preparo escrevendo os meus pecados. Um a um. Por mais loucos e constrangedores que sejam. Se a Igreja Católica nos propõe a "desnudar" a nossa alma para que recebamos o Perdão, então, não dá para ser menos do que isto: diante do padre, e com o perdão da comparação inusitada, não dá para se despir pela metade. Topless não vale. A nossa alma tem que ficar nuazinha mesmo. Esse é o propósito da confissão.

16 de novembro de 2010

Você já teve um 1º amor? Tive vários!

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Conheça 14 poetas, cujos poemas me fizeram
(e ainda fazem) morrer de amores!...

Primeiro Amor existe SIM e dura. E ai de quem vier para cima de mim com aquelas teorias de que "ele passa", "é ilusão", "é a química da paixão"... Como li na edição nº 12 da revista Gloss, que meu marido comprou para mim na rodoviária, enquanto esperávamos o ônibus para retornar da nossa lua-de-mel:

Os neurotransmissores dopamina e norepinefrina aparecem em maiores concentrações no cérebro dos apaixonados. Basta a pessoa cair de amores para os níveis dessas substâncias subirem.

A dopamina determina a forte motivação, a sensação de êxtase e os comportamentos focados em um objetivo. Ou seja, é por causa dela que pensamos obsessivamente no objeto da nossa afeição (a ponto de não conseguirmos enxergar as características negativas dele!). Dopaminados ainda perdem a noção do perigo (...) e podem demonstrar comportamentos fora do normal.

A norepinefrina, por sua vez, deriva da dopamina e por isso produz sintomas semelhantes aos dela, como energia excessiva e, consequentemente, insônia e perda de apetite.

Segundo os especialistas ouvidos pela reportagem, "a paixão tem vida variável entre 6 a 18 meses". E eles apontam várias hipóteses para a perda de "todo aquele ardor", descrito neurologicamente linhas acima. O "certo" é que, depois da paixão, surge o amor ou... O nada. Discordo, discordo, discordo. Quero dizer: isso pode até ser verdade entre dois seres humanos. Contudo, não com relação a outros aspectos da vida.

Por exemplo: eu (e certamente você que lê essas linhas) sou apaixonada por Jesus Cristo. Muitas vezes, durante a celebração da Santa Missa - e falei nisto noutro dia ao comentar um dos Posts do excelente Blog Conversion Diary -, bem, as lágrimas escapam dos meus olhos e fico constrangida: quem está do meu lado pode bem pensar que passo por um momento "difícil", de "depressão", devido a minha emoção! Tento disfarçar, mas é difícil...

14 de novembro de 2010

Sobrevivendo ao câncer, ou melhor: a 4 tumores

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Uma das lutas de uma socialite do Rio de Janeiro
é estimular as mulheres a se examinarem
e as vítimas do câncer a conhecerem todos os seus direitos

Falar que tudo na TV “não presta” é um tremendo exagero. Sapeando com o controle remoto, paramos (meu marido e eu) no canal GNT, que exibia a reprise do programa Marília Gabriela Entrevista, com a socialite Gisella Amaral. O pouco que sabia de Gisella é que ela é esposa do empresário Ricardo Amaral, dono de casas de shows no Rio de Janeiro e que todos os anos organiza a notória “Feijoada do Amaral”, conforme via nas inúmeras revistas que sempre houve na casa da minha Vovó Antonieta.

Falei para o meu marido: “Para, para, para! Deixe aí, neste canal! Esta daí é a Gisella Amaral, esposa do... Como é mesmo o nome dele? Ah! Ricardo...”. Farney, em silêncio, meio sem entender a minha tremenda excitação e curiosidade, porque, menino do interior que sempre foi, não cresceu lendo as revistas que eu li nem sabendo das futilidades que eu sei!... Expliquei, então, o pouco que sabia de Gisella e seu marido famoso e ficamos atentos, ouvindo a tal entrevista.

De repente, a jornalista Marília Gabi Gabriela perguntou à socialite sobre o seu câncer: “Foram quatro tumores, né?”. O quê?!? Saltei no sofá. Gisella Amaral teve quatro cânceres de uma só vez? Acompanhamos o resto da entrevista a partir daquele ponto até o final. Pelo que assisti no programa e me lembro agora, há sete anos, Gisella foi diagnosticada com quatro tumores em um dos seios (se não me engano). Ou melhor: nos Estados Unidos, o diagnóstico, dado numa quinta-feira, foi de apenas um tumor maligno. Ao chegar ao Brasil, na segunda-feira, outro médico descobriu mais três.

13 de novembro de 2010

Books d'A Católica - ESTREIA

Depiction of a reading Saint Peter with eyeglasses.
Detail of the altarpiece by
Friedrich Herlin (1466)

Saudações!!

A partir deste mês, sempre que eu terminar a leitura de um Bom Livro e acreditar que ela pode ser proveitosa para você também, vou indicá-lo aqui, através de Resenhas em Posts d'A Católica.

A estreia da categoria LIVROS conta com duas resenhas que, originalmente, escrevi para o informativo Palavra do Coração - jornal paroquiano aqui em Belo Horizonte. Então... Aproveite! Delicie-se! Até as próximas Resenhas!


A Filha da Fé – Edições Loyola

Imagine uma mulher que viajava frequentemente para os Estados Unidos e a Europa e assistia aos desfiles dos grandes estilistas. Sua vida ao lado do marido, médico, incluía carros importados, férias em locais badalados – enfim, tudo o que o dinheiro podia comprar. Bem-sucedida, em 1991, ela foi eleita por uma grande revista de circulação nacional a “empresária do ano” no setor da moda. Materialmente, sua vida ia de vento em popa. Espiritualmente, porém... Ela e o marido peregrinavam por livrarias à procura da última novidade da seção “Esotéricos e Auto-Ajuda” para eliminarem o vazio que sentiam.

Anos depois, no encontro de um Grupo de Oração na casa de uma cliente, essa mulher teve uma experiência mística. Aos 45 anos de idade, ela iniciava a sua conversão para a Igreja Católica, que iria culminar na sua transformação de empresária para profissional de Nutrição, missionária e voluntária.

A história da Dra. Gisela Savioli – que em seu novo caminho tornou-se a nutricionista do Papa Bento XVI quando ele esteve no Brasil em maio de 2007 – está contada no livro “A filha da fé”. “Costumo dizer que o terço em uma mão e a Bíblia na outra foram as duas pernas com as quais Nossa Senhora me fez caminhar em direção ao seu filho Jesus”, relata em um dos capítulos. Acompanhar a mudança que Deus operou em sua vida enche-nos de entusiasmo e da mesma motivação de, assim como ela, torná-Lo o nosso único foco. Leitura imperdível!


O Dom do Discernimento dos Espíritos – Ed. Canção Nova

No sexto livro da sua Coleção Dons do Espírito, Márcio Mendes, missionário da comunidade Canção Nova, ensina que sem a oração persistente e diária é impossível ao cristão discernir aquilo que vem de Deus, o que procede da natureza humana ferida e o que provém do próprio demônio. Por isso, a obra – que tem o formato “de bolso” – vem repleta de 17 orações e uma Ladainha.

Para o autor, rezar serve para pedir perdão, renunciar ao mal, suplicar proteção, lutar contra o poder das trevas, proclamar o senhorio de Jesus e consagrar a mente ao Altíssimo. A partir da oração, conhece-se a verdade que vem de Deus e embora saber o que Ele quer para a nossa vida, muitas vezes, não nos agrada, esse conhecimento sempre salva. Como assegura o título de um dos capítulos: “A cura começa com o discernimento”.

Márcio Mendes, que é casado e pai de dois filhos, baseia todo o livro na Sagrada Escritura. Ele também relata casos verídicos e tira dúvidas importantes, com as diferenças entre tentação, obsessão e opressão. A maior lição, porém, fica para o final, quando o escritor afirma que, se o remédio é rezar sempre, a maior de todas as orações é uma Missa “bem vivenciada”. Boa Leitura!

~Ana Paula~A Católica

12 de novembro de 2010

Só me interessa isto: como AMAR o meu próximo?

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Este é um Buraco Negro a partir da ilustração da NASA.
Parece que tudo - até os confins do universo - já foi desbravado.
(Falta mesmo é pôr em prática o que já conhecemos há mais de 2.000 anos)

Achei bonitinho uma vez, quando conversava com minha prima Larissa Cristina e perguntei-lhe: "O que você vai fazer [quando tentar o vestibular]?". Uma explicação: aqui no Brasil, majoritariamente, o aluno só tem acesso ao Ensino Superior, ou seja, a uma universidade, depois de passar por vários testes chamados de vestibular. "Ah, vou estudar Física." "E por que, Larissa?" Ela respondeu: "Porque tem um campo na Física que ninguém descobriu ainda e eu quero ser a primeira...".

Não tive a curiosidade, na hora, de perguntar-lhe que coisa era aquela que ninguém explorou na Física e ela iria desbravar. Aliás, Lari: se estiver lendo estas linhas, o que era? O que você queria tanto saber? A danadinha não só prestou o tal vestibular, como (me disseram) passou em 3º lugar e entrou para a notória Universidade Federal de Minas Gerais, a UFMG, ou "Federal", como carinhosamente a chamamos. Cof. Cof. Cof. Também me formei lá - ora, pois!

Achei bonitinha e digna de nota a ambição da minha prima. É que, às vezes (não sei se isto ocorre com você também), tenho a impressão de que TUDO O que tinha para ser descoberto... Já foi.

Tenho inúmeros livros, cujo tema é a Bíblia Sagrada, e, invariavelmente, seus autores iniciam o prefácio com a frase: "Sei, caro leitor, que muito já tem sido escrito sobre a Bíblia, mas este estudo...". SE muito já tem sido escrito, para quê escrever ainda mais? Será que já não chega?

A árdua ventura de nos aceitar do jeitinho que somos

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Os poetas Raul de Leoni e Cecília Meireles me ajudaram
a me conformar com o que sou, como sou.
Meu erro foi tentar virar uva passa, quando não passo de uma noz

Passei - ainda passo - a vida inteira tentando ser alguém diferente de mim. Lembro que tinha uma amiga no colégio que se chamava Angélica. Um menino na nossa turma era gamado nela e eu cismei que isso aconteceu, porque Angélica era doce e tímida. Tentei ser como ela, para ver se conquistava um menino como ele também. E assim fui indo pela vida afora procurando ser alguém diferente de mim mesma...

... Cismei que meninas extrovertidas, tagarelas e impulsivas (como eu pensava que eu era) não iriam muito longe, não para o longe que eu queria: os braços daquele rapaz bonito. Parecia que só as quietinhas eram as escolhidas para ficar, para sair, para namorar. Na minha adolescência, eu nem pensava neste troço chamado "vida profissional", onde as pessoas com personalidade esfuziante, como eu julgava ser a minha, geralmente são bem-sucedidas. Eu queria ser bem-sucedida no Amor. Isso é que era importante para mim.

E nesse campo do Amor, minha personalidade repelia, em vez de atrair os meninos. Então, eu treinava comigo mesma para falar menos, rir menos, ficar mais quieta. Em vão. E fui indo nesta angústia tamanha de tentar ser, de verdade, uma pessoa de natureza diversa da minha. Até chegar à faculdade.

Num belo dia, durante uma pesquisa na biblioteca da PUC-Minas, peguei uma edição da revista "Bravo!" ou Cult (não me lembro bem... Se bem que, pensando melhor, acho que era a "Caros Amigos"). Comecei a folheá-la para distrair a mente, até me concentrar nos estudos, e descobri um poeta. O articulista indicava um poeta e um poema. Que mudaram o meu modo de ME ver...

11 de novembro de 2010

A Católica recebe com humildade e alegria Um Selo!

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Obrigada pelo Carinho! Deus lhe abençoe!! Obrigada, Internauta!!

Este selo representa uma rede infinita de indicação dos melhores blogs da Internet no Brasil. Significa que a Sunshine Award está reconhecendo o ótimo trabalho realizado em seu Blog!

O selo e o prêmio servem de reconhecimento e iniciativa aos trabalhos dos blogueiros de todo Brasil, criando uma rede de indicações e blogs.

Ganhei meu selo de Ângelo Miguel, do Blog http://ograndecombate.blogspot.com/.
Uma Grata Surpresa que recebo com Humildade e Alegria: afinal, A Católica está apenas há quatro meses incompletos na Blogosfera!


Quem recebe o selo deve seguir algumas regrinhas:

1 - Criar um artigo sobre o prêmio.

2 - Criar um link do Blog que o indicou.

3 - Indicar 12 blogs para o Sunshine Award (não tem problema indicar algum que já o recebeu).

4 - Informar aos indicados sobre o prêmio.

Indico os seguintes Blogs para receber o Selo:

Poesia NÃO é coisa só pra gente chique e sabida, sabia?

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Emily Dickinson escreveu 1.775 poemas praticamente sem sair de casa.
Junto ao exemplo do poeta brasileiro Patativa do Assaré,
a obra da norte-americana brilha pela simplicidade e força de sua comunicação

Estas poetas todas (ou poetisas, se preferir) têm nomes que, por si, já são versos: Cora Coralina; Cecília Meireles; Adélia Prado e... Emily Dickinson. Estudei no colégio, fiz metade da Faculdade de Letras, e ninguenzinho sequer me havia falado dela. Tive que descobrir Emily sozinha, folheando livros na seção de POESIA das livrarias dos shoppings ou na Travessa, na Savassi, aqui em BH.

Tem gente que acha que poesia é coisa de "gente inteligente", letrada, cool, encafuada ou que só gosta de sonhar, e não de viver. Besteira.

Já ouviu falar do poeta cearense Patativa do Assaré (1909-2002)? Pois é. Mais um que não me ensinaram nem no colégio nem na faculdade. Descobri-o, porque gostei de Luiz Gonzaga primeiro - o rei do Baião cantou um poema do Patativa: Triste Partida (que conta a história de uma família brasileira do Nordeste fugindo da seca rumo ao estado de São Paulo, a fim de ter uma vida melhor).

Folheando livros do poeta, descobri que foi um homem simples, nordestino, trabalhador, desses de lidar com a enxada na roça, que criava e memorizava seus mais de 1.000 poemas. Até ser descoberto por um professor de latim, que o ouviu recitar a sua obra em um programa de rádio, e ter o primeiro livro publicado em 1956, já aos 47 anos de idade. Eis alguns de seus versos:

10 de novembro de 2010

Deus gosta dos pequenos. E ponto.

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Se não entendermos que grandezas nada significam para Deus,
continuaremos a valorizar as coisas erradas e a achar que seguimos a Cristo,
quando, na verdade, estamos mais para o "jovem rico" tratado nos evangelhos

No 1º semestre deste ano, participei do Curso de Bíblia da minha paróquia. Numa das aulas, em vez de se concentrarem no tema - BÍBLIA -, alguns alunos (não me recordo como nem por quê) começaram a levantar uma polêmica sobre a "carreira eclesiástica". Um dizia que conhecia um padre bom, mas que jamais chegou a bispo; outro conjeturava sobre um sacerdote com menos mérito, e que, não só se tornou bispo, como estava em vias de virar cardeal.

Aquela conversa, totalmente desviada da finalidade do curso e permeada por tópicos tão mundanos quanto comendas, prêmios, promoções e méritos, fez o meu sangue ferver, ferver, ferver a ponto de quase coagular e me deixar estirada, dura e catatônica. No chão.

Tomei a palavra (antes de terminar estirada no chão frio) e comecei dizendo assim: "Deus deve estar morrendo de rir dessa conversa".

Todo mundo torceu o pescoço para me olhar. "Nós sabemos que 'ascensão eclesiástica' é importante para os homens; não para Deus. Um padre que há 50 anos serve a mesma paróquia pode ser mais agradável a Deus, pode cumprir melhor a sua missão, do que um que chegou a cardeal e mora lá no Vaticano. Deus não olha diplomas. Deus olha o coração".

A conversa acabou ali. Senti que o excelente e talentoso Professor Gabriel, de quem gosto muito, não gostou, porém, da minha intervenção. Ora, bolas! Tive que participar da discussão. O trem chegou a um nível, que me era questão de vida ou morte dar um basta àquilo, àquela conversa sem propósito aceitável de promoção dentro da Igreja.

A gente lê, lê e lê a Bíblia, onde a verdade está escancarada pra todo mundo ler e reler que Deus elege os fracos, os fracassados, os pecadores, os pequenos, que Jesus Cristo escolheu como apóstolos um bando de ignorantes, porém humildes e tementes a Deus, desprezando os "benquistos" à sociedade, optando pelos pobres, excluídos, prostitutas arrependidas e leprosos...

9 de novembro de 2010

Detestar a solidão e gostar de estar sozinha... É possível?

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Nada é mais angustiante para mim do que o vazio de uma sala de espera...
Preciso de gente. Mas, almejo ainda mais a Comunhão dos Santos!

Uma vez assisti na TV à história de um homem que não morria. E ano após ano ele viu seus parentes e amigos morrerem, até ficar sozinho, pois já não conhecia mais ninguém. Que triste! Se a memória não me falha, o drama termina com ele atracado a um generoso tronco de árvore: sua única amiga era uma árvore centenária. Mas árvore não é gente, então a moral da história é que o tal homem ficou sozinho.

Tenho horror à solidão. ENTRETANTO, uma das coisas que mais gosto na vida é... Ficar sozinha. Parece um disparate, não? Mas é a mais pura verdade. Acho o fim da picada ser a primeira a chegar ou a última a sair. Sabe aquelas cenas de filme, nas quais os pais "esquecem" de buscar os filhos na escola e eles ficam lá... Esperando e esperando, naqueles imensos corredores silenciosos, diante daquele parquinho onde ninguém escorrega e as gangorras não balançam? Isso, para mim, é uma tortura.

Eu quero me perdoar. E você? Está pronto a se perdoar?

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Não dá para voltar e apagar todos os nossos desacertos.
Mas nem por isso devemos olhar para trás e abaixar a cabeça, desolados.
Para Jesus, o que importa é o caminho que há à frente para se percorrer

O perdão mais difícil é aquele que devemos... A nós mesmos. Tive uma adorável professora de Português no 2º Grau - hoje, Ensino Médio -, que não nos deixava passar as redações a limpo: "Na vida, não há rascunho. Escrevam de uma vez", dizia. Guardei isso como uma preciosa lição e, ao mesmo tempo, com apreensão.

Quando a Rede TV! entrou no ar, no lugar da extinta Rede Manchete, a jornalista Marília Gabriela apresentava um programa de entrevistas. Um dos convidados foi uma ex-modelo e ex-atriz (preservarei o seu nome) que, diante da pergunta: "Você se arrepende de alguma coisa?", respondeu aparentemente serena: "Não. Não me arrependo de nada". Fiquei perplexa e decepcionada.

Decepcionada, porque tudo o que um leitor, ouvinte, internauta ou telespectador espera de uma entrevista é a sinceridade do entrevistado. Esta é a graça: a ciência de que ali, diante da câmera, do gravador ou do microfone, está alguém disposto a abrir o coração. E a resposta daquela celebridade deixou translúcido para mim que ela não só mentiu naquela hora, como, provavelmente, mentiu a entrevista inteira.

Perplexa, porque caso eu acreditasse ou ela me convecesse de que o seu "não me arrependo de nada" foi sincero - pôxa, vida! -, como assim não se arrepender de nada? Vai ser segura de si desse jeito lá na China!

7 de novembro de 2010

A bênção, Vinícius de Moraes!

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A obra do poeta que cantou:
Mesmo o amor que não compensa, É melhor que a solidão;
nos convida a refletir sobre o nosso jeito de viver a vida. Confira

Meu marido, há dois dias, acabou de ler a biografia do poetinha Vinícius de Moraes (1913-1980): Vinícius de Moraes - O Poeta da Paixão - Uma Biografia (Companhia das Letras, 2009). À medida que devorava cada uma das dez partes do livro - dividido em "partes", não em capítulos -, Farney vinha extasiado me contar o que achou interessante - se eu deixasse, capaz de me ler a obra inteira, parágrafo após parágrafo!

Para quem (ainda) não sabe, Vinícius foi um... Gênio. Da poesia, da música e (por que não?) da vida. Formou-se em Direito, serviu ao Brasil como diplomata de carreira, escreveu poemas belíssimos, sobretudo sonetos inesquecíveis - o meu favorito é Soneto ao Caju -, e foi um músico e letrista de Primeira Grandeza da Música Popular Brasileira - também chamada carinhosa e resumidamente de MPB.

E foi pensando nesta correria que é a nossa vida, nesta nossa ânsia de realizar Grandes Coisas, de juntarmos dinheiro, de adquirirmos a melhor casa possível, o melhor carro possível, a melhor viagem ao exterior (ou interior) possível, ou até de ganhar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras ou um Nobelzinho sequer (da Paz ou de Economia) ou simplesmente de não sermos eleitos o próximo síndico do prédio ou de ganharmos um acréscimo de, pelo menos, R$ 300 a R$ 1.000 na nossa renda... Que me lembrei dele: VINÍCIUS.

6 de novembro de 2010

BEBA CORA CORALINA!

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As pedras que a poeta colheu para construir seus poemas e sua trajetória
me fizeram querer conhecê-la e apreciar a sua obra mais e mais e mais...

Meu marido me presenteou, nessa quinta-feira, com um livro há muito, muito acalentado: Cora Coralina - Coleção Melhores Poemas (global Editora, 2008). Sou rata de livrarias - meus lugares favoritos em todo o mundo. Se tiver uma cafeteria dentro então... - e sempre acorria à seção POESIAS para pegar algum livro dessa poeta a fim de ler e aprender a apreciá-la.

Tenho a mania de fazer que nem oriental: começo revistas e livros pelo final - um comportamento, talvez, resultante da minha imensa ansiedade. Pois então: em vez de cair mergulhando na obra, nos "Melhores Poemas", decidi saber primeiro: Quem é Cora Coralina?

Seu próprio nome já me atraía, um poema em si: Cora Coralina. Mas, lendo "Traços Biográficos", que começam na página 337, descobri que é minha (quase) xará! Seu nome: Anna Lins dos Guimarães Peixoto Brêtas, nascida na cidade de Goiás, em 1889 - sim: o ano da Proclamação da República do Brasil.

5 de novembro de 2010

Uma praga chamada "apelido"

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Crianças adoram apontar as fraquezas umas das outras.
Mas os apelidos mais dolorosos vêm não da escola, e sim de dentro de casa

Não gosto de apelidos. Aliás "não gosto" é eufemismo. Na verdade, eu detesto. Mas "detestar" é feio, forte. Então, tá: fica "não gosto" mesmo. Apelidos raramente são carinhosos: Lari; Barburinha; Aninha; Moninha; Dedeia... Na grande maioria das vezes, infelizmente, são depreciativos: Quatro Olhos; Baleia; Sapão; Negão; Branquelo; Baixinha; Tampinha; Bola; Ferrugem e por aí vai.

Os apelidos depreciativos podem até revelar uma verdade da qual é difícil escapar. Por exemplo: Quatro Olhos. Se você usa óculos, de fato, precisa "dos olhos" das lentes para enxergar, logo: seus 2 olhos + os 2 "olhos" das lentes dos óculos = 4 olhos. Ou, se você está beeem acima do peso, pode realmente "lembrar" uma baleia - o mamífero marinho. Daí a analogia e, consequentemente, o apelido.

O problema é que o apelido depreciativo reserva uma função cruel (ou melhor, sejamos explícitos: sádica). Qual seja, a de limitar o outro a aquilo que mais se destaca, para mim ou para aquele que apelida, na sua aparência. Você pode até ser a mais esperta da sua turma na escola, mas, do que adianta, se estão todos prestes a lembrar-lhe, quando você menos espera, de que... Não passa de uma Quatro Olhos?

4 de novembro de 2010

"Eu gosto muito de cachorro vagabundo..."

Quem passa por um infortúnio não merece a nossa piedade,
mas a nossa torcida: afinal, só para a morte não há jeito.
Vira-latas, ao contrário, me comovem profundamente!...

Uma vez, na 6ª série do 1º grau - hoje, do Ensino Fundamental -, uma professora (ou um professor) de Religião ou Artes pediu que cada aluno escolhesse 3 animais e, ao lado de cada um, escrevesse as características que mais apreciava neles. Lembro que eu tinha uma colega chamada Tatiana Aparecida - "Aparecida" em homenagem à padroeira do Brasil, porque a mãe dela teve um parto difícil e pediu a intercessão de Nossa Senhora Aparecida.

Bem, lembro que um dos bichos que Tatiana escolheu foi um cachorrinho, ao lado do qual escreveu: "Fofinho; cheiroso...". Pensei comigo mesma: "Acho que ela não entendeu o exercício!". E não é que eu estava certa? O primeiro animal que anotei foi Tucano, ao lado do qual escrevi (se a memória não me falha): alegre; vivo; feliz. Depois, escolhi a Girafa: elegante; charmosa; metida. Por fim, uma Pantera: sensual; bonita; corajosa; misteriosa.

Ao final, o professor (ou a professora) explicou: "O primeiro bicho, cujas características vocês anotaram, é O QUE vocês SÃO. O segundo corresponde a COMO as pessoas VEEM vocês e o terceiro, ao que vocês GOSTARIAM de SER". Essa aula me impressionou muito e jamais me esqueci do Tucano, da Girafa e da Pantera que selecionei, inconscientemente, para me descrever.

1 de novembro de 2010

Se a morte não tem remédio... Vamos morrer BEM então!

Esse é o retrato que Monet (1840-1926) pintou de sua amada, Camille, morta.
Portamo-nos, muitas vezes, como imortais,
olvidando que o nosso dia de Camille também virá. Com certeza.

Sabe qual a legenda completa da pintura acima, Camille Monet no Seu Leito de Morte, 1879, de acordo com o livro Claude Monet (Taschen, 2005)?

[O pintor impressionista] Monet pinta a sua mulher morta à luz do dia que nasce. Se não é um retrato mortuário clássico, feito para conservar os traços de um rosto amado, este quadro é testemunho íntimo de uma perda terrível.

Não sei se você notou, mas no alto do Blog A Católica, bem abaixo da descrição, há um Link: Os Mortos.* Fiz questão de compilar algumas orações, porque tenho um Carinho Grande pelas almas e me empenho em orar por todas elas. Algumas me são mais especiais. E o dolorido é que a quantidade de "almas que me são especiais" cresce com o passar dos anos. O que significa que os Céus - ou o Purgatório - estão ficando cheios de gente... Que amo. E que aqui, na Terra, vejo-me cada vez mais... Sozinha.