30 de abril de 2013

Post Nº 300 do Blog: carta à Viviana Paula!

Rasgue o envelope e leia junto a Minha Melhor Amiga
a carta que lhe escrevi e envio, através do Blog A Católica.

Não se avexe: sinta-se, também, um destinatário...

Trabalho de Ana Paula (acatolica.blogspot.com) sobre imagem de Karen Arnold

Belo Horizonte, 30 de abril de 2013.

Fofinha do Meu Coração,

Cadê você? Achei que fôssemos trocar mais figurinhas durante a sua gravidez... Já sei: estar grávida e ser enfermeira coordenadora e professora de universidade não é mole, certo? Falta tempo para tudo e, sobretudo, para o principal: descansar. Esta, Deus "vai ficar me devendo": beijar a sua barrigona de grávida. Barrigona que, quando era barriguinha na largura e no comprimento, eu não cansava de beijar. Meu bebê vai ter um bebê!...

E aí? O pimpolho ou a pimpolha continua mexendo muito? Eu passava horas (eu disse horas) dos meus dias quietinha na cama, paradinha, porque li - e como eu li durante a minha gravidez!... - que desse jeito a mãe consegue perceber mais os movimentos do neném. OK. O nome correto é "feto". Mas, para mim, já era o meu Jaime Augusto. De ponta cabeça, com os pezinhos já esmagando o meu coração...

Lembra que da última vez em que conversamos eu disse que queria que "ele já estivesse na faculdade"? Hahahaha Esse sentimento passou. Coisa de mãe cansada. Você vai ver: Mamãe Gali diz que filho nos chupa até o osso e lambe os buraquinhos dos olhos e ela está correta. Vai ver que por isso o Dia das Mães é a segunda data de maior faturamento do comércio (a primeira é o Natal): todo mundo grato pelo trabalhão que as mães têm para criar uma criança.

E aí? Já pode se considerar mãe, viu? O que vai ganhar, então, de Dia das Mães do Papai Shailen? Eu pedi ao Farney um DVD sobre a vida de Santo Agostinho, porém, mudei de ideia e vou querer um livro sobre ele: Compreender Agostinho, da editora Vozes. É...

... Continuo viciada em ler! Hoje mesmo o pessoal daquela loja que adoro, Tok e Stok, veio aqui em casa instalar a nossa quarta estante! Todas cheias de livros. Quando Jaime Augusto vai pra cama, Farney e eu vamos pra mesa do "quarto de estudos". (Achou que eu ia dizer outro lugar, hein, danadinha? Hehehe) Ele devora os livros de Direito. Eu, os de Teologia. E pensar que nos conhecemos, cerca de 13 anos atrás, numa biblioteca! Hahahaha

23 de abril de 2013

Um Post sobre dinheiro... E felicidade

A atriz Marilyn Monroe disse uma vez: "Não estou interessada em dinheiro,
só quero ser maravilhosa". É uma bela meta de vida.
Porém, pessoas que conheço têm apenas uma: (muita) grana no bolso

(Imagem: Marilyn Monroe - Fotografia de 1962, por George Barris)

Me deram meia hora para escrever alguma coisa sobre qualquer coisa. Então, vamos lá. Fico imaginando como deve ser estranha a vida sem a perspectiva do Céu, do Eterno, de Deus. Se não fosse a minha fé, eu já teria desistido há muito... De muito. Falo nisso, porque nos últimos dias chegaram notícias realmente chatas até mim. Brigas, desentendimentos, separações. Não julgo. Nem digo que foi fraqueza dos outros: os Céus bem sabem como é árduo conviver e relacionar.

Se me perguntassem qual a raiz de todo o mal, eu responderia que são três: falta de fé, ter o dinheiro como meta principal e as pressões alheias. E está tudo interligado.

Anos atrás (bote anos atrás nisso), li uma frase da atriz norte-americana Marilyn Monroe que até hoje, sem querer, norteia a minha vida: "Não estou interessada em dinheiro. Só quero ser maravilhosa". Eu tinha nove anos de idade, vi essa frase estampada numa das edições da revista Manchete, da Bloch Editores, que meu avô João Câncio comprava com regularidade. Na hora, pensei: "Essa é uma boa meta de vida".

Só que a gente cresce e descobre que o dinheiro é importante, diria mesmo, essencial. E, de coadjuvante, de meio para nos permitir uma vida digna, equilibrada, maravilhosa, ele se torna algo que determina quem vai querer se relacionar conosco, quem vai "gostar" de nós, quem vai nos aplaudir, quem vai nos bajular.

Pais e mães, algumas vezes, na sua ânsia de que os filhos tenham uma vida bem longe das inseguranças financeiras, não admitem que eles façam escolhas "diferentes". Não têm a paciência necessária para permitir e esperar que floresçam numa atividade aparentemente "não-lucrativa". "Você tem que arrumar emprego!"; "Você tem que se colocar logo no mercado de trabalho!"; "Você tem que ser dono do seu nariz!".

Daí, nós temos centenas de milhares de jovens deprimidos. Eles até seguem o conselho dos pais e se tornam médicos, contadores, funcionários públicos, etc. bem-sucedidos. Porém, redondamente infelizes. Conheci uma moça da Caixa Econômica Federal, que me disse que tinha dificuldade de aprender os passos nas aulas de Dança Flamenca, porque tomava remédio "tarja preta" (lê-se: antidepressivo). Ela me confessou: "Eu odeio o meu emprego, mas não tenho coragem de deixá-lo...". Isso foi no ano de 2004.

Assisto de camarote a várias pessoas fazerem escolhas pautadas nisto: "Vou trocar de emprego, porque aquele vai me pagar mais". Pagar mais. Mais. Mais. Mais. Admiro a minha irmã, Andréa Cristina, que trocou de emprego só pra acompanhar o marido, que mudou de cidade. Esse sim é um motivo belo. Justo.

E assim me pergunto: por que só o dinheiro deve pautar as nossas escolhas? Pra quê morar longe de pais e irmãos só porque vai ganhar 2 mil ou 3 mil reais a mais? Pra quê mais? Pra quê? Pra entrar no shopping e comprar uma roupa cara? Pra exibir para os parentes nas reuniões de família as fotos da viagem que fez ao Nordeste? Pra falar que trocou de carro e agora tem um com direção hidráulica, injeção eletrônica e câmbio automático? Pra contar que o sofá custou 3 mil e 700 reais, como ouvi de uma prima?

17 de abril de 2013

Qual a origem do Vaticano?

Resposta: os Estados Pontifícios. E qual a origem deles?
As doações dos fiéis. Sério. A Católica conta essa história
e o processo que culminou nos famosos Tratados de Latrão


(Imagem: Coat of arms of the Vatican City - Public Domain)

Vue aérienne de la cité du Vatican, à Rome - Fotografia de Salvatore88

Para responder à questão que dá título a este Post do Blog A Católica, recorri às anotações que fiz para minha monografia É Estado ou não é? O Estado da Cidade do Vaticano no Direito Internacional. Anotações que começam com uma outra indagação: O que foram os Estados Pontifícios?. Calma. Nunca ouviu falar deles? Eu também não. E acabei descobrindo que eles são a origem do que hoje chamamos de Vaticano. E é por isso que toda essa história começa com esta outra pergunta:

O que foram os Estados Pontifícios?

6 de abril de 2013

Meu coração é de pedra

Fotografia de Andrea Schafthuizen

Triste constatação: meu coração é de pedra. Ninguém quer ter um coração assim. Só que... Aconteceu. Não foi fácil me dar conta disso. Percebi aos poucos, pelas coisas que pensava, pelas coisas que dizia. Se a boca fala aquilo de que o coração está cheio, então estou lascada.

Eu não era assim.

Pelas cartas e bilhetes que recebi num passado distante de amigos e colegas de classe, pareço ter sido a mais amorosa das criaturas. Aonde foi parar tanta doçura? Retrocedo e constato que tudo começou quando entrei na universidade. A dureza de tudo: do comportamento dos professores, dos colegas... Uma - até então incompreensível - competitividade começou a se instalar no meu mundo, quando tudo o que eu conhecia era uma torcida para que tudo corresse bem. Para que todos se dessem bem.

Eu acreditava que todo mundo era bom. Sério. Achava que parentes, tios, primos, etc., que todos quisessem e torcessem para que todos e cada um fossem felizes.

Aí, ano após ano, enquanto eu crescia (quem me dera que tivesse sido em "sabedoria e graça"), bem, fui vendo que não é bem assim. Que há ressentimento. Principalmente inveja. Com que gosto falamos das mazelas e tropeções alheios!... Não me canso de me surpreender com a nossa incapacidade de vibrar e comemorar as vitórias alheias! No fundo - e na superfície - preferimos que ninguém chegue lá.

3 de abril de 2013

Boca fechada e espinha ereta


Neste Post, A Católica traz uma pequena reflexão
sobre a postura que precisamos (re)aprender a ter na vida.
Em qualquer circunstância. Até dentro do ônibus...

(Imagem: Publicity photo of Virginia Myers - young dancer, by BEDownes)

Ando observando detalhes do comportamento do meu filho de um ano, Jaime Augusto. Ele mastiga de boca fechada. E, ao se assentar, fica com as costas retinhas. Desaprendemos isso. Minha irmã, Andréa Cristina, teve que fazer aulas de balé clássico para melhorar a postura (vivia "corcunda"). Quanto a mim, passei a pré-adolescência inteira ouvindo minha mãe ordenar: "Mastiga de boca fechada, Ana Paula!".

É... Esta é uma vantagem de ter a mãe em casa, com quem nos sentamos à mesa na hora das refeições: observar como nos portamos e ouvir o que dizemos. Minha irmã e eu chegávamos do colégio em torno do meio-dia e almoçávamos com Mamãe Gali, contando a ela (quase) tudo: paixonites, amigos que pisaram na bola (como dizemos aqui no Brasil) e, certamente, nossos sonhos.

Era o momento de a mamãe me corrigir. E de tentar corrigir a minha irmã: "Senta direito, Andréa!".

Lembrei isso anos atrás, quando a Rede Record exibiu a primeira temporada do reality show A Fazenda. Um dos participantes, um ator jovem e bonito, mastigava de boca aberta - o que incomodava e gerava comentários entre as outras celebridades, confinadas no mesmo local. Na hora, pensei: "É... Esse não teve a mãe presente à mesa, para lhe corrigir os maus hábitos".

Vai ver que essa é a razão de, pelo menos aqui no Brasil, tantos de nós mastigarmos de boca aberta, não dizermos "Obrigada" nem pedirmos "Com licença", nem muito menos "Me desculpe". As mães não estão mais em casa. E, quando estão, não têm disposição de educar: querem logo emperiquitar os filhos para os levar ao shopping e enchê-los de distrações, roupas caras e brinquedos idem. Deve haver exceções - eu espero.