30 de setembro de 2011

A Católica fez 1 ano! (Eu farei 35)

Olhar para trás, para agradecer a cada um dos internautas do Blog, e
para frente, para o desafio de Ser Cristã e um Ser Humano melhores


(Fotografia de Jon Luty)

(Fotografia de Petra Bubníková)

Se você é um internauta mais assíduo do Blog A Católica e o acompanha há alguns meses, deve ter sentido falta das minhas Postagens de Aniversário. Não sabe o que é isso? Na última semana de cada mês, eu costumava escrever um Post agradecendo a você, por haver passado (e parado) por aqui, e divulgando as estatísticas de navegação: número de visualizações - ou de degustações - e as crônicas mais lidas.

Ocorre que, por uma série de motivos - alguns expostos no Post Lidando com as Minhas Limitações -, a frequência das postagens diminuiu (em muito). Assim, não faz mais sentido levantar, a cada mês de aniversário, as estatísticas de navegação, comparando-as com as do mês anterior. Isso posto, uma única coisa me resta, a qual faço com imenso prazer neste 1 ano de vida do Blog: AGRADECER A VOCÊ, internauta!

Entre 24 de maio - quando publiquei o Post pelo aniversário de 10 meses - e hoje, 30 de setembro, A Católica ganhou os seguintes seguidores (que são pessoas interessadas no Blog) ou - como eu prefiro chamá-los - ADORÁVEIS Gourmets:

27 de setembro de 2011

Afeição não cai do céu

Alguns de nós temos a mania de cobrar dos outros
a presença e o carinho que somos incapazes de oferecer


Imagem: Amor and Psyche, children (1890), William-Adolphe Bouguereau

Costumo dizer a meu marido, Farney, que somos todos agricultores. A vida é um imenso canteiro e vamos semeando tudo aquilo que, mais tarde ou bem mais tarde, colheremos. Se você não cultivou o meu afeto, ou melhor: se não me cativou lá atrás, quando eu ainda era uma criança ou alguns anos mais jovem do que sou hoje, como pode esperar que eu o tenha em alta conta?

Vejo muito disto por aqui e acolá: gente que não fez o dever de casa, sogra que não cativou a nora; mulher que não cativou a noiva do irmão; tia que não cativou o sobrinho... Mas que depois, anos à frente, reclamam carinho, presença e até - pasme - gratidão. Por que isso ocorre? Resposta: porque fomos (des)educados para receber, e não para dar.

Somos experts em cobrar: "Fulana até hoje não veio me visitar!"; "Beltrano não me telefonou no meu aniversário!"; "Fiquei doente e sicrana nem me procurou para saber como eu estava!". Contudo, na hora de nos fazermos generosos, doadores de calor humano ou de algum calor via celular, enfim, de sermos pessoas que demonstram o mínimo de atenção aos outros... Que é de nós? Não é, porque não estamos nem aí.

Nosso foco, ou o foco de muitos de nós, é este: O que eu recebo?. Quando deveria ser (independentemente de termos ou não um coração cristão): O que eu ofereço a quem está ao meu redor?.

15 de setembro de 2011

Eu queria ser um objeto

Ao visitar um local como o Museu do Ipiranga - ou Museu Paulista -,
a vontade que dá é a de sobreviver aos séculos 

e se espantar com o futuro...

(Fotografia de Ana Paula~A Católica - acatolica.com)

(Fotografia de Ana Paula~A Católica - acatolica.com)

Visitei o Museu do Ipiranga ou "Museu Paulista" dois dias depois da celebração da Independência do Brasil. Fiquei encantada com a conservação de todos os objetos expostos, a ponto de me perguntar diversas vezes: "Serão meras reproduções ou peças realmente originais, de época?".

Vi móveis que pertenceram a Santos Dumont e ao Padre Feijó, porcelanas chinesas e francesas, escarradeiras, vestidos, chapéus e até brinquedos. Tudo aparentemente novinho, lustrado. Conservado. Fui percorrendo as salas - divididas por temas: o café, as armas, o cotidiano... -, lendo as plaquinhas com as identificações e as datas, deixando-me envolver pela alusão à atmosfera dos séculos XVIII e XIX.

Num tempo não tão distante assim, tudo era feito à mão aqui no Brasil: quem quisesse algo mais sofisticado precisava de bastante dinheiro, a fim de adquirir mercadorias importadas - especialmente da França, Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha. Não havia tanta tecnologia. Não tinha televisão na sala de estar. As cadeiras (de madeira) eram dispostas de modo que uns olhassem para o rosto dos outros. A "estrela" não era o telejornal nem a telenovela, e sim a conversação.