26 de junho de 2011

Love Story e o Reino de Deus

Enquanto não despertarmos do nosso sono, o Reino dos Céus
continuará como um filme bonito, numa tela de cinema.
Distante da realidade e de todos nós.

(Imagem: Reprodução-Internet)

Não tem nada demais. Alguns cenários, dois personagens principais e uns cinco coadjuvantes, que falam pouco mais do que algumas frases. Mas há o roteiro brilhante, a trilha sonora maravilhosa de Francis Lai - ganhadora do Oscar - e as atuações realistas e contagiantes dos atores Ali MacGraw e Ryan O'Neal. Com pouca firula e bastante intensidade, Love Story (Estados Unidos, 1970), dirigido por Arthur Hiller, cativa desde os corações mais duros até os amantes dos efeitos especiais, que "torcem o nariz" para uma história simples, contada na tela sem muitos recursos de tecnologia.

Como bem observou meu marido Farney, Love Story é um drama.

Mamãe Gali o assistiu no cinema. Disse-me que todo mundo (todo mundo mesmo) saiu da sala escura de projeção "fungando o nariz", ou seja, emocionadíssimo. Realmente, o final do enredo, depois que você acompanha o desenrolar do destino das personagens Jennifer Cavalleri e Oliver Barrett IV, é de "cortar o coração". Poucas vezes na vida - e olhe que já vi muito filme em mais de 30 anos - assisti a uma história de amor tão bonita, sincera, profunda e bem-humorada. Bem-humorada também. Eis o diálogo que Jenny e Oliver travam, logo que se conhecem:

Jennifer Cavalleri: Você parece estúpido e rico.
Oliver Barrett IV: E se eu disser que sou inteligente e pobre?
Jennifer Cavalleri: Eu sou inteligente e pobre.
Oliver Barrett IV: E o que faz você tão inteligente?
Jennifer Cavalleri: Eu não sairia para tomar um café com você. Eis o que me torna inteligente.
Oliver Barrett IV: E se eu disser que nunca chamaria você para tomar um café comigo?
Jennifer Cavalleri: Bem, é isso que o torna estúpido.

Claro que, na cena seguinte... Eles aparecem na cafeteria!

21 de junho de 2011

Lidando com as Minhas Limitações

Esta bloggueira AQUI encara: falta de tempo, tarefas do lar
e também um probleminha de saúde. Devido a tudo isso, A Católica
deu uma "ajustada" nas suas ambições... Averigue por si!

(Fotografia de Petr Kratochvil)

Meu Querido Internauta,

Quando comecei este projeto ambicioso, prazeroso e maravilhoso de criar, alimentar e manter um Blog pessoal, minha meta (veja só!) era escrever pelo menos um novo Post por dia ou, no mínimo, dia sim/dia não. No inicinho, meses atrás, consegui manter uma média de publicação que variou de 15 a 30 Posts por mês.

Acontece, internauta d'A Católica, que ultimamente fui "caindo na real" e vendo que, mesmo sendo uma jornalista que optou por ficar em casa, tornar-se uma dona-de-casa NÃO significa ter mais tempo livre para ler e escrever!... As tarefas do lar avolumam-se e manter uma casa limpa e em ordem demanda um esforço e uma entrega, os quais eu não esperava! Mesmo.

Além disso, como já comentei em crônicas do Blog (confira, por exemplo, duas delas: Espinho na carne e Dindinha, je suis malade...), sofro de enxaqueca. Sou acompanhada por uma neurologista e, apesar do tratamento que faço, meu cérebro ainda está, digamos, "programado para doer". Desse modo, de duas a três vezes por mês tenho crises terríveis, que literalmente me jogam na cama.

Ei: não escrevo isso para açular a sua piedade - a qual, certamente, merece alvos mais nobres, como a pobreza e a injustiça que muitos brasileiros, latino-americanos e africanos enfrentam. Escrevo apenas, a fim de justificar a você, que acompanha A Católica há mais tempo, por que a frequência da publicação de Posts diminuiu.

15 de junho de 2011

Três ORAÇÕES ao Coração de Jesus

Neste Post d'A Católica, conheça as preces criadas por:
Santa Gertrudes, São João Eudes e Santa Margarida Maria Alacoque.

Imagem: Sacred Heart of Jesus (1848), Published by N. Currier

O Papa Pio XII (Sumo Pontífice de 1939 a 1958) elucida na encíclica Haurietis aquas (1956), onde fundamenta teologicamente o culto ao Coração de Jesus, que vários santos distinguiram-se no desenvolvimento dessa devoção.

A seguir, você acompanha os resumos da vida de três deles, escritos pel'A Católica, e as orações que criaram para o Coração Eucarístico. Ah: não deixe de conferir também o Post do Blog: TUDO sobre o Sagrado Coração de Jesus. Saúde e Paz!!

10 de junho de 2011

TUDO sobre o Sagrado Coração de Jesus

Confira TUDO o que você sempre quis saber sobre o culto
à fonte de todo o amor de Deus por cada um de nós:
o Coração de Seu Filho! Adore-O sem receio!

(Fotografia de GFreihalter)

Internauta d'A Católica, Saudações!!

Estamos no mês do Sagrado Coração de Jesus e o Blog traz para você um texto que pesquisei, redigi e publiquei no informativo de uma das paróquias da Arquidiocese de Belo Horizonte, em Junho de 2010. Se não me engano, a celebração mesmo só ocorre no final deste mês. Contudo, a intenção é dividir informações com você, a fim de que a nossa participação no mistério dessa devoção seja mais fecunda! Afinal, só se AMA bem, aquilo que se conhece de verdade. Leia! Aproveite! Saúde e Paz!!

Viva o Coração de Jesus!

A devoção ao Coração de Jesus é tão antiga quanto a Igreja e teria começado quando um dos soldados traspassou o lado de Cristo crucificado com a lança, fazendo com que saísse imediatamente “sangue e água” (Jo 19,33) – sinais de dois sacramentos: a Eucaristia e o Batismo. Na encíclica Haurietis aquas, Pio XII (papa de 1939 a 1958) frisa que o culto ao “Coração transfixado do Redentor nunca esteve completamente ausente da piedade dos fiéis”. Mas, reconhece que “a sua manifestação clara e a sua admirável difusão em toda a Igreja” deu-se gradualmente e apenas em séculos recentes tornou-se “objeto de culto especial”.

Kreuzigung Christi (1400), Oberrheinischer Meister -
Fonte: The Yorck Project: 10.000 Meisterwerke der Malere

6 de junho de 2011

Conversa sobre a celebração do matrimônio

Os divórcios são tantos, que há gente que torce o nariz
para um novo casal que se forma.
Até padres (que tristeza!) fazem isso, alarmados pelas estatísticas

(Fotografia de Paata Vardanashvili from Tbilisi, Georgia)

(Fotografia de Joe Mabel)

Poucas vezes na vida vi um padre tão mal-humorado. Frio e seco. Mais seco do que um mandacaru. Ele ministrava a celebração de um casamento. Um pouco de alegria e um sorriso fariam bem. Mas, nada. Semanas depois, vi o mesmo sacerdote, que pertence à Arquidiocese de Belo Horizonte. Desta vez, ele estava à frente de uma missa de Bodas de Prata: os 25 anos de matrimônio de um casal da paróquia. Que diferença!

O mesmo padre, que era seco feito mandacaru, agora tornara-se um homem sorridente. Solícito. Até gracejos fez, durante a celebração. Na hora, pensei: "Será que tanta educação e simpatia é porque o casal é dizimista?". Como alguns de nós católicos sabemos, alguns padres dão tratamento diferenciado àqueles paroquianos que são dizimistas fiéis. (Não escrevo como crítica, e sim como constatação. Pura e simples.)

Certamente, aqueles dois diante do tal sacerdote eram dizimistas. Porém, a euforia do pároco não se devia apenas a isso. Como ele mesmo afirmou: "Sempre fico muito mais feliz em celebrar as Bodas de Prata, do que um casamento, porque os casamentos hoje em dia não duram nada!...". (!!!) Por mais próxima da verdade que a fala daquele padre estivesse, achei um absurdo. Um absurdo. Fiquei estupefacta.

1 de junho de 2011

Crônica sobre café e falsidade

Amo café, mas preciso "fugir" dele de vez em quando.
Assim como corro de pessoas que, com seus comentários maliciosos,
despertam o que há de pior em mim. Levando-me a pecar

Affiche: Van Nelle's pakjes koffie (1936), Autor Desconhecido

Era uma bebida preta. Ficava numa garafa comprida com tampa de rosca. A mim, só restava sentir o aroma. Às vezes, eu podia mais: apertar a tampa de rosca, pra não deixar a fumaça escapar com a temperatura quente. E só. Estou falando de café. A bebida do Papai Tuti. Eu não podia tomar. A mim, era reservado o leite com Nescau. Até que cresci. Agora, eu podia provar café. E adivinhe: era mesmo uma delícia!...

O café desbancou a Coca-Cola gelada, o caldo de cana e até o Nescau. Ao longo dos anos, chegou ao topo, ao posto de "Minha Bebida Preferida".

E não é que arranjei uma profissão que "combinava" com ela? Ou você não sabe que todo jornalista que se preze toma N xícaras de café por hora? Veja bem: por hora, e não por dia. Porém, ao contrário de meus colegas, eu não gostava de amiudar o meu contato com o café. Nem de tê-lo "sozinho", sem um um pedaço de broa de fubá ou um pão novo com manteiga junto. Para mim, café pede acompanhamento.

Além disso, tudo na vida em abundância enjoa. E eu não quero me enjoar de café. Nunca. Por isso, provo-o apenas duas vezes ao dia: durante o café da manhã e o lanche da tarde. Afinal, coisas gostosas ficam ainda mais gostosas a conta-gotas. Como o Vinho do Porto, que me ensinaram que se bebe numa taça pequena.

Sofro de enxaqueca (ou sofria, Se Deus Quiser!...). E resolvi, depois de chegar à conclusão de que poderia ajudar no tratamento desse mal, reduzir ainda mais o contato com a Minha Bebida Favorita: agora, ele ocorre ou no café da manhã ou no lanche da tarde. E não nos dois, nem no mesmo dia. Como era de se esperar, a decisão tornou o meu encontro com o café pra lá de emocionante: "Enfim, vou tomá-lo!".

O afastamento do café (pelo visto) acaba sendo um sacrifício para mim. Porque estou abrindo mão de algo realmente saboroso. Contudo, é para o meu bem. Digo, para o benefício da minha saúde. Então, sou (serei) forte. Aguentarei firme.

Queria ser assim em outras áreas da minha vida.