2 de setembro de 2010

Eu amo o Papa

Nossa Igreja, além de Católica e Apostólica, é Una. É nosso dever respeitar e amar nosso Pontífice

Nunca tive problemas com AUTORIDADE. Meus pais não precisavam falar mais de uma vez para eu fazer o que eles queriam. Claro que eu me revoltava, chorava e algumas vezes apanhei (principalmente da minha mãe) e ficava de castigo.

Um dos castigos - e jamais vou me esquecer disso - foi ficar sem assistir pela TV, ao vivo, à cantora Madonna cantar na festa do Oscar, o prêmio da Academia de Cinema dos Estados Unidos. Eu havia dado uma má resposta a minha mãe... E fiquei sem ver a Madonna (de quem eu era uma grande fã).

Na escola nunca, jamais, desrespeitei um professor...

... Quero dizer, uma vez eu brinquei com um colega que o coordenador do colégio ia fazer "73 anos de idade" (na verdade, eram apenas 50), a professora de Química ouviu e chamou a minha atenção. Ao que eu respondi: "O que é que tem? Foi só um comentário brincalhão! Ou a senhora nunca ouviu alguém cantar Betty Frígida?...".

Fui atrevida. O nome da professora era "Beth" e Betty Frígida, canção do começo dos anos 1980, foi um dos sucessos do conjunto pop brasileiro Blitz. Ops. Lembrei-me de outro incidente. Desta vez com a Adorada e Competentíssima professora de Português, Dona Vera. Também, no meu tempo de colégio.

A sala-de-aula estava uma bagunça, ela entrou e começou a falar alto: "Arrumem as carteiras! Arrumem as carteiras! Fulano, assente-se!". Automaticamente, do nada, nem sei bem o porquê, comecei a arremedá-la, afinando a minha voz (que já é aguda por natureza): "Arrumem as carteiras!!!".

Depois de tudo organizado e aquele silêncio... Dona Vera perguntou: "Quem é que estava me imitando?". Putz. Poucas vezes na vida senti um frio na barriga tão intenso quanto naquele momento. "Fui eu, Dona Vera. Me desculpe...", assumi. Ela ficou TÃO surpresa, TÃO sem graça - eu era indiscutivelmente uma de suas alunas preferidas -, que... Não fez nada. Virou as costas e iniciou a aula.

Tirando esses dois únicos episódios, a mim, restou a perplexidade de acompanhar, no meu tempo de Faculdade, alguns colegas serem malcriados com os professores. Eu assistia a aquilo tudo sem entender o que uma pessoa ganha desobedecendo alguém que impõe respeito e autoridade. Além da pura falta de educação, é antiestético, feio mesmo, um subordinado desrespeitar um superior.

E tudo leva a crer que vivemos em uma época em que a obediência tornou-se um valor de calibre mínimo. Começa dentro de casa, com os pais sem saber como remediar a indisciplina dos filhos e, principalmente, sem querer exercitar esse poder que eles - como pais - têm. Mário Quintana (1906-1994), poetinha gaúcho, tem uns versinhos ótimos que ilustram bem isso:

Azar

Quando guri, eu tinha de me calar à mesa: só as pessoas grandes falavam. Agora, depois de adulto, tenho de ficar calado para as crianças falarem.

Quando eu estava lendo para a minha monografia, que versou sobre o Vaticano no Direito Internacional, entendi toda a importância da autoridade, da obediência, da centralização, do pulso firme. Inferi da leitura de O Vaticano por dentro (EDUSC, 1999) que, graças a tudo isso, a Igreja Católica Apostólica Romana se mantém una a mais de 2 mil anos. Na página 45, o padre jesuíta Thomas J. Reese pondera:

Os reformadores protestantes enfatizaram a autonomia da igreja local em resposta à corrupção e à centralização papal. Essa abordagem conduziu a muitas divisões da Igreja, quando a comunidade protestante continuou a se dividir, sem uma figura da estatura de Pedro para estimular a unidade.

Junto a esse trecho do livro, anotei a lápis: "É impressionante a quantidade de denominações protestantes (evangélicas) hoje (2010)".

Na obra Catolicismo para Leigos, em inglês: Catholicism For Dummies (Alta Books, 2008), vem exposto:

A primeira característica da Igreja Católica é sua unidade. O cargo e a pessoa do papa significam que a Igreja tem uma cabeça suprema. Um depósito de fé significa um conjunto de doutrinas para a Igreja como um todo, agora apresentado no catecismo universal. Os católicos em todos os continentes, em todas as partes do mundo, creem nos mesmos artigos de fé. Um conjunto de leis, conhecido como lei canônica (...), governa a Igreja toda.

Quer você seja um católico romano ou católico oriental [da Igreja Oriental ou Bizantina], está sob a autoridade suprema de uma corte, um supremo legislador e um supremo juiz, o pontífice romano, também chamado de papa.

Um conjunto de rituais católicos, os sete sacramentos, (...) são celebrados da mesma maneira em todos os lugares. As cerimônias de adoração podem ser realizadas em diferentes linguagens, mas apenas um pão e vinho são utilizados em cada uma das missas; nenhum pode substituir nada mais, não importando como seja a cultura daquela região.

Essa unidade de liturgia, doutrina e autoridade é uma indicação de qualidade e legitimidade ao Catolicismo. Outras religiões são unidas na crença e na prática, mas o Catolicismo é a única em que essa unidade é personificada em uma única pessoa, o papa, o que garante que os mesmos sete sacramentos sejam celebrados corretamente por todo o mundo, o mesmo conjunto de doutrinas é ensinado em todos os lugares e cada membro, religião, lei ou clero aceite a suprema autoridade do bispo de Roma.

Vou ser franca com você.

Diante de tudo o que acabei de expor nas linhas acima, sobre a fealdade que há na desobediência e a importância da unidade na Igreja Católica, não consigo entender como alguém que se diz e se acredita Católico Apostólico Romano ousa não apenas desobedecer a Igreja como também propalar aos quatro ventos que é contra tal decisão ou tal atitude do nosso Sumo Pontífice ou da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

E o engraçado é que os católicos recalcitrantes usam o mesmo argumento que vi meus colegas de colégio e de Faculdade utilizarem para serem malcriados com os professores: "Ah, estou apenas fazendo uso do meu direito irrevogável de questionar... Da minha consciência... Da minha liberdade de expressão...".

Padre Léo uma vez disse:

"Jesus Cristo foi GRANDE, justamente por OBEDECER a vontade do Pai e morrer na cruz para redimir todos nós. Isso é que é heroísmo, isso é que é coragem! Descer da cruz [como os fariseus propunham, a fim de provar que era o Messias], qualquer covarde faz. Quero ver um covarde ficar lá!...". Uau.

Espero haver conseguido fazer você vislumbrar a importância da obediência. Desde filhos para com os pais, até alunos para com seus mestres e, especialmente, católicos apostólicos romanos para com o seu Papa.

Eu amo o Papa Bento XVI. E sabe por quê? Simplesmente, porque ele é o sucessor de São Pedro, chefe da Igreja Católica, que a lidera inspirado pelo Espírito Santo. Ele é a voz de Deus para nós. No Evangelho de São Lucas, Jesus diz:

"Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos" (Lc 22, 31-32).

Para os tradutores e estudiosos que participaram da edição da Bíblia de Jerusalém (Paulus, 2002):

Essa palavra confere a Pedro, em relação aos outros apóstolos, um papel de direção na fé. Seu primado no próprio seio do colégio apostólico afirma-se aqui mais claramente do que em Mt 16, 17-19.

Eis o trecho mencionado do Evangelho de São Mateus:

"Jesus respondeu-lhe: 'Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne ou o sangue que te revelaram isso, e sim meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja, e as portas do Hades [potências do Mal] nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus'" (Mt 16, 17-19).

Cristo não só instituiu o primado, ou seja, a superioridade de Pedro, como garantiu que sempre estaria com ele e a sua Igreja:

"Jesus, aproximando-se deles, falou: 'Todo poder me foi dado no céu e sobre a terra. Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!'" (Mt 28, 18-20).

Na obra Por que Sou Católico (Cléofas, 2008), Professor Felipe Aquino sublinha:

O Concílio Vaticano I, mesmo sob o protesto de muitos, em 1870, com o Papa Pio IX, proclamou o dogma da Infalibilidade do Papa em matéria de fé e moral. A Igreja do Senhor, nestes dois mil anos, nunca revogou um dos dogmas. O Credo que rezamos hoje em todas as missas dominicais é o mesmo que foi composto pelos Apóstolos, e que por isso se chama "Símbolo dos Apóstolos". Tem dois mil anos! O Epírito Santo não se contradiz; Ele não pode ensinar à Igreja uma verdade de fé no século I e ensinar algo diferente no século XVI [período da Reforma protestante].

Fazendo eco ao exposto pelo padre jesuíta Thomas J. Reese linhas acima, professor Felipe complementa:

Nenhuma comunidade protestante tem um Credo, pois entre eles há muitas divergências em coisas essenciais. Para umas deve-se ter o domingo como dia santo, para outras é o sábado; algumas aceitam o batismo de crianças, outras não, só de adultos; algumas têm uma hierarquia, com bispos, outras não, etc. Na verdade, a cada divergência de doutrina, surge uma nova denominação...

Porque não queremos que a Igreja Católica Apostólica Romana se torne ou se desmembre em inumeráveis seitas (onde uma aceita o Papa, mas recusa a CNBB; outra recusa o Papa e a CNBB também; etc.), temos que nos reunir, humildes e obedientes, em torno do nosso líder, sem questionamentos vazios que não levam a lugar algum. Devemos ser todos dóceis à Igreja Católica, confiantes na voz de Deus em seu líder: o Papa Bento XVI. Saúde e Paz!

Credo ou Símbolo dos Apóstolos

Creio em Deus Pai Todo-Poderoso,
Criador do Céu e da Terra;
E em Jesus Cristo, Seu único Filho, Nosso Senhor,
Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo;
Nasceu da Virgem Maria,
Padeceu sob Pôncio Pilatos,
Foi crucificado, morto e sepultado,
Desceu à mansão dos mortos;
Ressuscitou ao terceiro dia;
Subiu aos Céus,
Está sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso,
D'onde há de vir a julgar os vivos e os mortos.

Creio no Espírito Santo;
Na santa Igreja Católica;
Na comunhão dos Santos;
Na remissão dos pecados;
Na ressurreição da carne;
Na vida eterna. Amém.


Imagens do Papa Bento XVI: Internet

~Ana Paula~A Católica
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