O sangue acaba sendo um pretexto valioso para estarmos juntos daqueles que nos viram crescer. O reencontro familiar nos fortalece. Sempre. |
Acabei de chegar dos dois dias do II Campeonato de Truco Família Camargo.
Achei genial essa ideia. Em vez de a família se reunir apenas nos aniversários e no Natal, minha prima Larissa Cristina, meu primo Ivagner (o Juninho) e meu Tio Fernando, com a ajuda da Tia Fátima, Tia Glória e Cleide, organizaram um torneio de truco, com direito a convite digitalizado, vídeo de abertura (onde foram reunidas imagens novas e antigas dos competidores e "torcedores") e, claro, troféus à dupla vencedora.
Até decoração com cartas de baralho, a autodenominada "Comissão Organizadora" providenciou! Ah: as regras ficaram afixadas no portão de entrada da casa da minha avó Antonieta. Além disso, quem chegasse tinha que pagar a taxa de 10 Reais de inscrição.
Eu não jogo e, de longe, torci para meu marido, o Farney - que participou junto ao Tio Paulinho e ficou em 8º lugar!... Meu pai, Papai Tuti, e o Gustavo, filho da vizinha da minha avó, foram a Dupla Vencedora.
Vivemos dois dias - sábado e domingo - gostosos, em que o baralho, a comida e a bebida eram pretextos para darmos risadas, conversarmos entre nós e reciclarmos as energias. Tinha música. Muita música: gravada e, sobretudo, ao vivo (até o Tio Fred, ex-marido da Tia Júnia, apareceu! Ele tocou lindamente o violão. E cantou).
Enfim, os anos vêm, os anos vão e apesar de todos os percalços, desencontros e até desavenças, Deus tocou o coração de alguns membros da família para que dessem uma polida no Grande ímã que nos une - o sangue - para que ele nos atraísse de novo, com força considerável para nos manter juntos sem grandes confusões. Por 2 dias.
Eu rezei. Não podia fazer diferente. Aprendi com o amado e saudoso Padre Léo que o Inferno não gosta de famílias reunidas e felizes. E quando há álcool na jogada então... O encardido (como o padre chamava o... "Coisa Ruim"), bem, ele tenta aquela pessoa que está mais, digamos, "desequilibrada", a fim de que haja uma dissensão e que ela evolua para uma rixa.
Sim: no sábado, o encardido tentou alguém por lá... E sim: havia gente muito mais esperta do que ele, como a adorada Tia Neca, que entendeu que quando o clima do ambiente pesa... O melhor é simplesmente mudar de assunto. Assim, no domingo, o clima carregado se desfez e foi só contentamento! "Orai e vigiai", Tia Neca me lembrou.
Para mim, ficou a lição de que mesmo em um evento alegre, regado a jogo, música alta e bebida, sempre deve ter alguém sóbrio para perceber as jogadas nada lícitas do encardido e ó: dar uma rasteira nele. Na noite de sábado, primeiro dia do campeonato, cheguei em casa e rezei. Hoje, domingo, o clima estava ainda melhor.
Eis um dos integrantes da Dupla Vencedora: meu Papai Tuti! Mas campeões mesmo fomos todos nós: Família Camargo!! (Nota: repare no capricho da decoração) |
Em suma: não foi apenas Papai Tuti e Gustavo que ganharam. O maior troféu foi para Tia Neca, eu e todos os outros membros da família, que bateram o pé e decidiram que aquele evento não era para desentendimentos, mas para aproximação e amor. Que Deus nos abençoe e abençoe você e sua família com ocasiões tão bonitas como a que tivemos! Saúde e Paz!
Imagens:
Los Angeles, Kinderreiche Familie (Bundesarchiv Bild 102-10293);
Papai Tuti (fotografia de Andréa Cristina)
~Ana Paula~A Católica