24 de agosto de 2010

Alguma coisa acontece no meu coração...

Endereço da Felicidade (ou um deles...)

Imagem: Internet
Acabei de desembarcar em Belo Horizonte, my home sweet home (meu lar doce lar), vinda de São Paulo. Foi a primeira vez em que estive lá. Fui apenas para rever e abraçar minha madrinha, Suzana, e tive só um dia para passear pela cidade.

Meu primo, Flávio Augusto, que mora lá há alguns anos, e minha irmã, Andréa Cristina, tiveram que escolher um único lugar que desse para eu conhecer em apenas algumas horas. E me levaram ao local certo: a Avenida Paulista.

Agora, eu entendo perfeitamente o que Caetano Veloso quis traduzir na letra de Sampa. Só que, ao contrário dele, eu não "achei feio o que não era espelho". Reconheci-me na cidade, para grande espanto do meu eu. É que sempre, sempre tive preconceito com São Paulo. Ops. Não o "santo", nem o time de futebol, mas a capital do estado de São Paulo mesmo.

Pensei que ela seria feia, poluída, inóspita e que as pessoas passassem pela gente apressadas e egoístas, como costumamos ver em cenas de uma grande cidade como Nova York, nos Estados Unidos. Mas viver em BH, que não deixa de ser uma cidade grande - ainda que bem menor do que São Paulo -, de certa forma preparou-me para o que eu veria. Na Paulista, senti-me em casa e garanti ao meu primo que moraria ali sem trauma, sem problema.

Os paulistas que encontrei, com quem troquei algumas palavras, foram simpáticos e solícitos e fiquei à procura de um defeito, algo que pudesse confirmar a ideia medíocre que eu fazia da cidade e de seus habitantes. Não encontrei. E o que é melhor: fiquei com uma baita vontade de passear de metrô, de caminhar pela grande avenida, de frequentar o Starbucks novamente!...

Às vezes, penso que sou um velho rabugento escondido em um corpo franzino de mulher... Não sou muito afeita a mudanças e novidades. Adoro comodidades. Minha irmã Andréa morou anos em Divinópolis, em Minas, e levei anos para finalmente ir visitá-la. Belo Horizonte parece ter grandes braços que me detêm e não me deixam partir. Sou apegada demais com esta terrinha, suas montanhas, seus barulhos, seu céu.

(O céu de BH merece uma nota à parte: ouvi dizer que a paulista Silvana Mascagna, excelente editora e colunista do jornal O TEMPO, assegurou uma vez que só conhece um céu com um azul tão bonito quanto o de BH: o da Espanha, na Europa.)

Bem, retomando: levei anos para desprender-me dos encantos da capital mineira, a fim visitar a cidade conhecida como "Princesinha do Oeste". E não é que gostei? Quando alguém pergunta: "Vamos a Divinópolis?...". Sou a primeira a pentear o cabelo, jogar uma roupa na mala e descer para entrar no carro ou pegar um ônibus na rodoviária. Pois ocorreu o mesmo com Sampa.

Olhe nós lá na Paulista: minha irmã Andréa Cristina e eu,
clicadas pela Mamãe Gali!

Ah, São Paulo!... A primeira vez em que te vi foi lá do alto, quando voava rumo a Florianópolis, em Santa Catarina, para o casamento da minha irmã. Achei você, cidade querida, ainda mais bonita cá de baixo!...

Acolha com carinho o Flávio Augusto; trate-o bem. Quero que meu primo e minha madrinha (mãe dele) sigam sendo o pretexto perfeito para eu caminhar pelas suas ruas tantas vezes mais... E como não poderia amá-la, se você foi palco do reencontro de três adoráveis cidadãos: Tio Luiz Carlos, Mamãe Gali e Dindinha (a Suzana)?

Enfim, adorei São Paulo e os paulistanos. Cada cidade que conheço neste país me enche de êxtase por sua beleza, atmosfera e população. Especialmente neste ano de eleições, desejo de coração que nunca nos esqueçamos, em nossas orações, de interceder por todos os brasileiros e os governantes. Quem quer que eles sejam... Como São Paulo (o santo) nos recomenda:

"Cada qual seja submisso às autoridades constituídas, porque não há autoridade que não venha de Deus; as que existem foram instituídas por Deus. Assim, aquele que resiste à autoridade, opõe-se à ordem estabelecida por Deus; e os que a ela se opõem, atraem sobre si a condenação. Em verdade, as autoridades inspiram temor, não porém a quem pratica o bem, e sim a quem faz o mal! Queres não ter o que temer a autoridade? Faze o bem e terás o seu louvor. Porque ela é instrumento de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, porque não é sem razão que leva a espada: é ministro de Deus, para fazer justiça e para exercer a ira contra aquele que pratica o mal.

Portanto, é necessário submeter-se, não somente por temor do castigo, mas também por dever de consciência. É também por essa razão que pagais os impostos, pois os magistrados são ministros de Deus, quando exercem pontualmente esse ofício. Pagai a cada um o que lhe compete: o imposto, a quem deveis o imposto; o tributo, a quem deveis o tributo; o temor e o respeito, a quem deveis o temor e o respeito. A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco; porque aquele que ama o seu próximo cumpriu toda a lei" (Rm 13, 1-8).

~Ana Paula~A Católica
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