O apóstolo Paulo ensina como uma mulher não deve se vestir
Grace Kelly (1929-1982): atriz norte-americana, princesa de Mônaco e modelo de elegância e discrição para mulheres de todos os tempos e idades (Arquivo fotográfico - Los Angeles Times - 1956) |
Nota: Esta crônica foi escrita em outubro de 2009. A intenção era publicá-la no site da Canção Nova.
Estou no sexto caderninho desde que comecei a fazer o estudo bíblico pelo método do Monsenhor Jonas Abib, há quase 2 anos. Hoje, lendo o segundo capítulo da Primeira Carta a Timóteo, chamou-me a atenção o modo com que Paulo, autor do texto, explica às mulheres como elas não devem se vestir. Nada de “primorosos penteados, ouro, pérolas, vestidos de luxo”, exorta.
Duas imagens formaram-se na minha mente. A primeira são as mulheres da Canção Nova. Uma das coisas que mais me agradam ao acompanhar a programação da TV e ver Carla Astuti (do “Trocando Ideias”), Glória Amaral (“Manhã Viva”), Eliana Sá e Gabrielle Sanchotene (“Terço da Misericórdia”), Lilian Maria (“Vitrine Canção Nova”) e Luzia Santiago (“Sorrindo pra Vida”), por exemplo, é a maneira modesta e sóbria com que se vestem, tal como o apóstolo recomenda no versículo 9.
Na falta de grandes brincos, colares exuberantes e decotes profundos, salta aos olhos a beleza natural que cada uma delas tem. Sem a necessidade de qualquer artifício além de uma discreta e bem feita maquiagem. Luzia e companhia mostram-me que é possível uma mulher estar elegante e feminina sem expor o colo, os joelhos ou as coxas.
A segunda imagem que me veio à mente, ao ler a Carta a Timóteo, é a das mulheres do “mundão”. Tenho muitas histórias de mulheres que me chocaram com seu jeito de se vestir. Elas não tinham ouro, como Paulo recriminava, mas excediam por outras razões. Como não quero comprometer ninguém, vou dizer simplesmente “uma conhecida minha” ou “conhecidas minhas”.
(Começo desabafando que me sinto só. Numa reunião de família, quando destrinço minha opinião sobre o que uma mulher não deveria pôr ou os lugares que uma mulher casada não deve frequentar sem o marido - como uma boate -, sou logo taxada de “moralista”.)
Bem, atuei alguns anos como jornalista em Belo Horizonte. Num dia, uma das editoras (que comandam uma equipe de repórteres) apareceu para trabalhar com metade dos seios à mostra. Levei um susto. Noutro, uma estagiária surgiu com um desses shorts curtinhos, que estão na moda e que a gente vê “pipocando” em todos os lugares – mal pude crer.
Uma conhecida, que na época era menor de idade, vestiu uma mini-mini-minissaia e salto alto para ir a uma festa de 15 anos. Fiquei olhando para aquilo e me perguntando por que ela estava assim se já era noite e ventava muito. Anos atrás, vi duas conhecidas “produzidas” para ir dançar. A roupa de uma delas me deixou constrangida. A moça, beirando os 30 anos de idade, pôs minissaia, meia arrastão e uma blusa decotada pretas, além de uma maquiagem tão forte, que ela parecia tudo, qualquer coisa, menos uma pessoa que queria apenas dançar.
“Que as mulheres usem traje honesto”, Paulo recomenda.
Afinal, por que vestir-se com modéstia e sobriedade? Ou melhor: para quê vestir-se assim? Volto às consagradas da Canção Nova. Uma mulher deve usar roupas e acessórios discretos para que sua verdadeira beleza venha à tona e sobressaia. Achamos exagero a burca de algumas muçulmanas, que deixam só o rosto ou os olhos à mostra, mas a maneira com que as mulheres ocidentais – entre elas, cristãs – têm se exibido em público é no mínimo triste.
Muitas se tornaram sedutoras ambulantes, que dão a impressão de querer provocar todo mundo, seja numa mera reunião de família ou num ambiente mais sério, como o de uma empresa. Não há mais fronteira para os microsshorts, as blusas cavadíssimas, as pélvis de fora. Tios, primos e colegas de trabalho – todos – são obrigados a vislumbrar pedaços de corpos que se insinuam sem se cansar.
Resta-nos, a nós mulheres comprometidas com a Igreja Católica e um mundo novo, persistir na contramão e seguir o exemplo das amigas da Canção Nova, cujos enfeites, como aconselha o corajoso apóstolo, consistem em suas “boas obras”.
Fonte: Bíblia Sagrada, Editora Ave-Maria, 77ª Edição, 2009
~Ana Paula~A Católica