4 de dezembro de 2010

O pecado do silêncio. Você o comete?

Quando calamos aquela palavra que poderia
contentar o nosso próximo,
ficamos "a cara" dele. Do encardido.
Eu vivo uma realidade de rejeição, complexos e violência. Isso é o que me rodeia. E até de pessoas de quem eu não deveria esperar inveja, maledicência e desamor, bem, até dessas pessoas (e às vezes temos o mesmo sangue correndo nas veias), até mesmo delas, recebo desprezo e outras coisas mais (ou de menos).

Pouco a pouco, mês após mês; ano após ano, um dos grandes aprendizados que estou tendo, infelizmente, é este: as pessoas têm muito pouco respeito, atenção, gentileza, consideração, carinho e amor para DAR. Sobram agressões de todos os gêneros. Uma frase maliciosa proferida "sem querer" aqui; uma maledicência, ali, que uma parente fofoqueira fez questão de ops! relatar tintim por tintim para você, a fim de abalar a sua moral...

Aqui, neste Post, quero falar de um tipo particular de violência, pela qual passo há uns anos: a indiferença, o desprezo e o silêncio.

A gente pensa que agredir é só ofender com socos, tapas, chutes ou palavras. Entretanto, calar um reconhecimento e um comentário simpático também é violência. Também é agressão. E que triste, pessoas que se intitulam "católicas" ou "evangélicas" ou "espíritas kardecistas" calarem a palavra bendita. Darem de ombros e perderem a oportunidade de fazer o próximo sorrir e retribuir com um "Obrigada".

SE você age ou já agiu assim, meus pêsames.

Li uma vez, certamente em alguma boa obra ou lugar santo, que Deus levará TUDO em conta: o que fizemos E o que deixamos de fazer.

Por exemplo: aquele "Parabéns" que não dissemos a um Bloggueiro ou Bloggueira que escreveu um bom texto, que está fazendo um bom trabalho, por puro despeito e má vontade da nossa parte, será cobrado de nós. O "Parabéns" que não dei pode ser decisivo na hora de eu me livrar do Inferno e poder ir para o Purgatório (meio caminho para o Céu). Duvida?

Dê uma olhadinha neste Post: Você pensa em COMO estará depois da sua morte?. Lá, eu conto como uma esmola livrou uma religiosa do Inferno. Inacreditável, não? Porém, aconteceu. E, por acaso, um "Parabéns" também não é uma esmola? Um incentivo - quando eu reconheço que, de fato, é merecido - não é um refrigério, uma alegria que dou ao próximo?

Contudo, muitas e muitas vezes, não queremos dar nem mesmo essa "esmola", concorda?

Vamos ser honestos, despojar-nos das máscaras e da hipocrisia: no fundo, quando eu vejo alguém mais bonito do que eu, mais bem-arrumado, mais inteligente, mais criativo, melhor escritor do que eu, tenho aquele desejo secreto de que ele "vá para o espaço". Que o seu trabalho não prospere. Que ele desista de bloggar, de escrever, de acontecer e até de existir. Seja sincero consigo: é ou não é assim?

Este Post é um lembrete.

Um lembrete neste mundo tão violento. Onde as pessoas insultam com gestos e armas e, também, com silêncio, desprezo, indiferença. Todas as vezes em que não damos ao próximo a chance de sorrir, negando um comentário de louvor para ele, contribuimos com nossa pequena, mas significativa participação em deixar este mundo um pouco pior, mais longe do Céu e bem perto do Inferno. Nestas horas, quando agimos assim, ficamos "a cara" do encardido.

Convido você a ler também: A sabedoria na arte de ELOGIAR


Fotografia de Petr Kratochvil


~Ana Paula~A Católica
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