15 de junho de 2013

Para o Menino de Sampa: Tio Dut

Um Post do Blog A Católica, singelo como um beijo...
... Para o meu primo-irmão Flávio Augusto,
o aniversariante do dia 15 de junho


(Imagem: Tio Dut com o meu filho, Jaime Augusto - Setembro/ 2012
Fotografia de Ana Paula - acatolica.blogspot.com)

Pra que servem os primos? Para fazerem um contraponto com os irmãos, talvez. Ou para serem irmãos, quando somos filhos únicos. Ou para serem irmãos, quando temos apenas irmãs - ou uma irmã, como no meu caso. E este é o caso do meu primo Flávio Augusto: um irmão para quem só tinha uma irmã.

Ele foi o primeiro bebê que carreguei no colo. E com que orgulho! A foto existe até hoje, para mostrar o meu sorriso de 3 anos de idade segurando - com esforço - meu primo-irmão rechonchudo de poucos meses de vida. Como nossas mães, Magali (a minha) e Suzana (a dele), são "siamesas" é lógico que cresceríamos "siameses" também: eu, ele, minha única irmã Andréa Cristina e a única irmã dele, Viviana Paula.

Outras milhares de fotos existem igualmente para comprovar o que digo: aniversários, passeios, viagens. Estávamos todos lá: Andréa Cristina, Flávio Augusto, Viviana Paula, eu e, frequentemente, nossos outros primos, Vinícius e Ana Luíza. O Sexteto do Jô. Pena que a bomba do destino explodiu e, nos dias que correm, foi parar cada um num lado: Vinícius e eu em Belo Horizonte, Flávio Augusto e Andréa Cristina em São Paulo, Ana Luíza em Brasília (a capital do BRASIL) e Viviana Paula, na África do Sul.

A questão é que o que vivemos tantos e tantos anos juntos está tão arraigado, é tão forte, que apesar dos quilômetros de montanhas, terra e água que nos separam é como se estivéssemos... Juntos.

Este Post do Blog A Católica leva um abraço enorme e quente para o meu primo-irmão que faz aniversário em 15 de junho: Flávio Augusto.

Diferentemente do que ocorria quando éramos crianças e mais jovens - à exceção dos 2 anos em que viveu na África do Sul -, mais uma vez não estarei a seu lado para cantar "Parabéns pra você/ Nesta data querida/ Muitas felicidades/ Muitos anos de vida!" nem para ver a sua expressão de "quem gostou muito" depois de abrir cada presente. Não estarei lá para receber o primeiro pedaço do bolo (que convencida!) nem para armar "um teatrinho" como costumava fazer nesses eventos.

(Numa vez, convenci o Flávio Augusto, em plena noite de aniversário dele, a desenhar com caneta hidrocor - ou hidrográfica - um "dragão" no braço para representar o Menino do Rio/ Calor que provoca arrepio/ Dragão tatuado no braço/ Calção, corpo aberto no espaço... Da canção eternizada por Baby Consuelo. Ops. Hoje, ela é Baby do Brasil. Lembro nitidamente: eu cantando Menino do Rio e todos os adultos aplaudindo e morrendo de rir do Flávio, apenas de sunga, mostrando o muque!... Que mico gostoso!... Hahahaha)

Ah, os anos de Menino do Rio passaram para o meu primo-irmão...

... Ele se tornou o Menino de Sampa, morando na maior cidade do Brasil há mais de uma dezena de anos, cumprindo com galhardia seus papéis de pai, profissional, filho, irmão, afilhado... E primo.

Serei sempre eternamente grata por ele haver vencido a distância entre Sampa (São Paulo) e BH (Belo Horizonte), a fim de me ver jurar fidelidade e amor eterno ao meu marido Farney, em setembro de 2008. Flávio Augusto veio, não obstante o filho Gabriel Augusto estivesse doente, com febre. Não desistiu. Chegou na manhã de sábado e voltou na tarde de domingo. Só para prestigiar o meu casamento. Seu gesto me mostrou como eu ainda era importante pra ele. Amei. Morri de paixão.

Eu com Gabriel Augusto: o único filho do Flávio Augusto
Belo Horizonte - Semana Santa de 2012 - Arquivo de família

Flávio Augusto com Jaime Augusto: o meu único filho
São Paulo - Setembro de 2012 - Foto de Ana Paula (acatolica.blogspot.com)

Há tantas, tantas, tantas lembranças boas de nós dois!... Ficam para outra ocasião.

Nesta, deixo (como disse) meu enorme e caloroso abraço. A constatação, por escrito, do orgulho que tenho do cidadão e do ser humano que se tornou - que ainda se torna - e a minha declaração de amor eterno. Não muito diverso daquele que jurei ao meu marido no altar. Porque é impossível, impossível, sentir menos por quem cumpre há anos com tanto carinho o papel de meu único irmão. Primo-irmão. (Faço questão de que meu filho Jaime Augusto o reconheça como Tio Dut.)

Eu te amo, Flávio Augusto.

E apesar dos seus pais, da sua irmã e da sua sobrinha, Larissa, estarem longe, lá no outro lado do Atlântico, nunca se sinta só. Você é amado, praticamente adorado, por mim e por nós aqui no Brasil. Prometa, apesar de estar se tornando alguém melhor a cada dia, a prosseguir assim: doce, educado, gentil, responsável. O querido "Menino do Rio" (agora, de Sampa) aberto às sugestões, às possibilidades...

... Como naquele aniversário em que o convenci "a se tatuar" e a aparecer diante de todo mundo de sunga. Quem não tem medo de experimentar desfruta o que a vida tem de melhor. Desfrute! Como entoa Baby do Brasil: "Eu canto pra Deus proteger-te". Feliz Aniversário!

Flávio Augusto e eu no Natal de 2009 em Belo Horizonte - 
Arquivo de Família



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