8 de abril de 2016

Azul é a cor mais quente

Tela: Charing Cross Bridge (1899), Claude Monet

Faltam termos pra nós.
Nenhum código dá conta do nosso propósito,
nosso discernimento.
Deixamos as línguas desenrolarem o entendimento.
A lacuna não prima,
porque as sentenças que não sabemos, provemos.
E assim salvamos do esquecimento
este trabalho lento, de sol a sol:
sobre o chão árido da timidez e do isolamento,
armamos uma ponte de afeto, desejo e desregramento.


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Atribuição: Ana Paula Camargo (acatolica.blogspot.com).
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