25 de agosto de 2015

O redentor

Tela: The Broken Pitcher (1891), William-Adolphe Bouguereau

Meu amor é Mestre
e caminha atento no mundo,
sem sonhar que o alcei
acima de tudo.
Ele fala coisas difíceis,
gosta do que é estranho
e não tem respostas a oferecer -
apenas perguntas.

Sentada à beira do poço
eu não lhe dirijo a palavra,
não lhe rogo coisa alguma.
Sou eu quem o guarda,
sou eu quem o vela,
quem o perfuma.
Dou tanto e vivo na falta
(rede rasgada, cesto vazio),
mas Glória aos Céus:
só de amá-lo, estou salva.


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Atribuição: Ana Paula Camargo (acatolica.blogspot.com).
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