ABCatólica

Imagem de Karen Arnold
Belo Horizonte, 1º de Setembro de 2010.

Hey, internauta!

Neste espaço, dividirei com você tudo o que eu encontrar, em minhas pesquisas, sobre significados de termos católicos.

Não será um mero Ctrl+c (Copiar) e Ctrl+v (Colar) de outros sites. Não. Só colocarei aqui termos que eu mesma pesquisar (preferencialmente) em livros e digitar pra você - e à medida que eu necessitar deles.

Portanto, por enquanto, a página ABCatólica pode parecer "mirradinha"... Tenha paciência. Ela crescerá com o tempo.

Boa Navegação! Boa Degustação! Saúde e Paz!!

A Católica


Audiência Geral:
As audiências pontifícias são visitas ou recepções dadas pelo Papa a uma pessoa ou grupo de pessoas que visitam a Santa Sé (ou o Vaticano). Elas se dividem em gerais e públicas - que, muitas vezes, ocorrem na Praça de São Pedro - e semiparticulares ou particulares. No verão, "realizam-se na residência de verão do Papa, em Castel Gandolfo, distante 25 km de Roma [Itália]".

FONTE: Os Papas - Os Pontífices: de São Pedro a João Paulo II, Edições Loyola, 2004

Conclave:
a) Quando os cardeais se reúnem para eleger um papa.


FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999

b) Do latim cum clavis, "com a chave". Reunião de cardeais para eleger um novo papa. Surgiu em 1271, em Viterbo [Itália], quando as autoridades locais, cansadas pela espera de 2 anos e 9 meses para a eleição de um novo papa, prenderam os cardeais em seus alojamentos até eles conseguirem escolher um novo papa.

FONTE: Os Papas, Edições Loyola, 2004

Conferência episcopal:
"[O Concílio Vaticano II descreveu-a] como 'uma assembleia em que os bispos de uma determinada nação ou território exercem em conjunto seu ofício pastoral, buscando promover o bem maior que a Igreja oferece à humanidade'. (...) As responsabilidades específicas que seriam atribuídas às conferências pela lei comum e pelas ordens especiais seriam determinadas pela prática e pelo Código de Direito Canônico revisto, após o Concílio [Vaticano II, de 1962 a 1965].

(...) O poder da conferência não se deve ao papa, mas aos próprios bispos que exercem autoridade episcopal em suas respectivas igrejas. A Santa Sé, no entanto, pode regular a autoridade episcopal para o bem da Igreja universal. Na prática, o direito canônico restringe de tal modo a autoridade dos bispos e das conferências, que em geral parece que a mínima autoridade que eles têm, a recebem da Santa Sé.

(...) Quando o código passou por uma série de redações durante o processo de revisão, a autoridade da conferência foi pouco a pouco reduzida (...), por medo de que as conferências pudessem ameaçar a autonomia dos bispos individuais ou arriscar a unidade da Igreja, exagerando o nacionalismo. Segundo a versão final do Código de Direito Canônico de 1983, algumas ações de uma conferência podem ser legalmente impostas. Entretanto, a Santa Sé deve rever todos os decretos de uma conferência."

FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999

Consistório:
a) Quando os cardeais se reúnem para aconselhar o papa. O papa convoca e preside essa reunião formal.

FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999; Os Papas, Edições Loyola, 2004

b) Do latim consistere, "reunir-se". Reunião formal de cardeais convocada e presidida pelo papa. A palavra originou-se nos tempos romanos para designar reuniões com o imperador na antecâmara [sala que precede o aposento principal] do palácio imperial.

FONTE: Os Papas, Edições Loyola, 2004

c) Assembleia de cardeais que aconselha o Papa. "Nessa reunião discute-se os assuntos da Cúria Romana, a burocracia que auxilia o Sumo Pontífice a administrar a Igreja Católica Apostólica Romana."

FONTE: O Vaticano, Klick Editora, 1991

Cúria Romana:
"A Cúria, nas palavras de McBrien (2004, p.485), consiste na 'rede de secretariados, congregações, tribunais, conselhos, organismos, comissões, comitês e indivíduos que auxiliam o papa em suas responsabilidades como chefe terreno da Igreja universal.' McDowell (1991, p.61) condensa-a como 'o órgão administrativo da Santa Sé.' E aprofunda:

Presidida pelo Secretário de Estado, a Cúria examina e recomenda a política a ser adotada tanto em assuntos políticos como em questões de fé e de moral. É responsável por um volume enorme de correspondência e cuida das tarefas diárias como diplomacia internacional, viagens do Papa, pesquisas e traduções, e contratações de funcionários. Administra também os investimentos, doações e orçamentos. (MCDOWELL, 1991, p.61).

Reese descreve a sua composição:

Há 1.740 pessoas empregadas na Cúria Romana, que inclui a Secretaria de Estado [que conduz as relações internacionais da Cidade do Vaticano. Segundo o autor, o secretário de Estado é a principal figura do Vaticano em questões diplomáticas e religiosas], nove congregações, onze conselhos, três tribunais e outros escritórios. Estas agências curiais, conhecidas como dicastérios, organizam as pessoas que reúnem e processam informação, aconselham o papa e implementam suas decisões. (REESE, 1999, p.159).

McDowell (1991, p. 64) explica: 'As congregações e os conselhos são comissões compostas por cardeais e bispos e seus quadros de funcionários.' McBrien (2004) também: 'dicastério', segundo o professor, é uma palavra que indica um departamento ou uma agência do governo eclesiástico na Cúria Romana."

FONTE: É Estado ou não é? O Vaticano no Direito Internacional - Monografia, 2010

Diocese:
a) "Na forma católica do Cristianismo, a organização da Igreja é baseada na liderança episcopal das dioceses - unidades geográficas em que a Igreja divide o mundo. Nessas comunidades religiosas de âmbito local, os cristãos vivem sua fé e interagem com o mundo. Mas essas igrejas locais não existem isoladamente; através de seus bispos, são unidas umas às outras e à Igreja de Roma.

Através dos séculos, a liderança do bispo de Roma, o Papa, desta comunhão de Igrejas, influenciou indiscutivelmente a vida da Igreja e a vida dos cristãos. Até o dia em que vamos iniciar o terceiro milênio devemos ao Papa Gregório XIII que em 1582 estabeleceu o calendário usado em todo o mundo."

FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999

b) Comunidade cristã em determinado território geográfico, sob o cuidado pastoral de um bispo. Também conhecida como sé. A diocese maior é conhecida como arquidiocese e seu bispo é um arcebispo.

FONTE: Os Papas, Edições Loyola, 2004

Fariseu:
a) Partido religioso judaico, cujos membros se dedicavam ao estudo e observância da Lei mosaica e suas tradições. Embora defensores da teocracia, politicamente eram moderados frente ao domínio romano. Comparados aos saduceus (vide verbete em ABCatólica), eram progressistas quanto às crenças religiosas: criam nos anjos, na ressurreição e na importalidade. Entre o povo gozavam de grande prestígio e liderança. Jesus condenava não a doutrina mas a hipocrisia e soberba dos fariseus, que os levavam a desprezar a massa "ignorante".

FONTE: Bíblia Vozes, Vozes, 2005

b) Era um partido que pregava a mais estrita observância da lei mosaica, ampliada com muitas outras prescrições humanas. Seu nome significa "separados", isto é, separados do "povo da terra", que eles desprezavam como impuros por não terem o mesmo zelo pela Lei. Tinham a maioria no sinédrio (vide verbete em ABCatólica). Criticavam a abertura com que Jesus interpretava a Lei. Pregando uma religião em espírito e verdade, Jesus combateu o legalismo e a hipocrisia dos fariseus e declarou sem valor suas tradições de origem humana.

FONTE: Bíblia Sagrada de Aparecida, Editora Santuário, 2009

c) Viviam um judaísmo de estrita observância e, embora sendo leigos, observavam as prescrições rituais originalmente destinadas aos levitas (vide verbete em ABCatólica) e sacerdotes, como medida de segurança para certamente não transgredir a Lei.

Eram influentes nas sinagogas no meio do povo, enquanto os sacerdotes e os saduceus (vide verbete em ABCatólica) dominavam o Templo em Jerusalém. Os fariseus tinham, portanto, maior influência popular e contavam com o apoio da maioria das escribas (que copiavam, conheciam e explicavam as Escrituras). No tempo de Jesus, muitas vezes tinham degenerado na hipocrisia, à qual Jesus se opõe; faltavam-lhes o amor e a gratuidade.

FONTE: Bíblia Sagrada, Edições CNBB-Editora Canção Nova, 2008

Helenismo:
"Civilização grega fundada por Alexandre Magno e divulgada em todo o Mediterrâneo por suas conquistas. Na Palestina, os costumes gregos foram introduzidos pelo ímpio Jasão, com o auxílio de Antíoco IV Epífanes [vide verbete Macabeus]. Os judeus, que formavam um povo à parte por sua religião, sua lei e seus costumes, reistiram energicamente e foram até perseguidos. É a história contada no livro dos Macabeus [na Bíblia Sagrada].

Mas o pensamento grego exerceu influências benéficas sobre a mensagem bíblica e a teologia do Novo Testamento. Foi em Alexandria, no Egito, então um grande centro intelectual, que nos séculos III-II a.C. foi feita a tradução grega da Bíblia, a Setenta."

FONTE: Bíblia Sagrada de Aparecida, Editora Santuário, 2009

Helenista:
a) Judeus que haviam vivido fora da Palestina, haviam adotado certa cultura grega e dispunham em Jerusalém de sinagogas particulares, em que a Bíblia era lida em grego. Os "hebreus" eram os judeus autóctones; falavam o aramaico, mas liam a Bíblia em hebraico nas sinagogas.

Essa divisão foi transposta para o seio da Igreja primitiva - de Jesus Cristo. A iniciativa das missões partirá do grupo helenista. Como, na Igreja, os helenistas são os que têm mais iniciativa, assim também, no judaísmo, são eles que reagem de modo mais violento contra a propaganda cristã.

FONTE: Bíblia de Jerusalém, Paulus, 2002

b) A maioria dos judeus era "helenista": comerciantes, profissionais liberais ou até escravos que viviam nas diversas cidades do Império Romano. No tempo de Jesus, também em Jerusalém muitos falavam grego.

FONTE: Bíblia Sagrada, Edições CNBB-Editora Canção Nova, 2008

c) A convivência entre helenistas e hebreus dentro da Igreja nascente (de Jesus Cristo) foi o primeiro problema prático que os apóstolos enfrentaram e que foi solucionado pela instituição dos Sete (conferir na Bíblia Sagrada o livro dos Atos dos Apóstolos, Capítulo 6, versículos de 1 a 6).

FONTE: Bíblia Sagrada de Aparecida, Editora Santuário, 2009

Legado:
Enviado do papa em missão especial = núncio;
Enviado ao serviço de um Estado = embaixador

FONTE: www.priberam.pt/dlpo

Legado Pontifício:
Representante do papa junto às Igrejas particulares, governos civis ou conselhos e conferências internacionais

FONTE: Os Papas, Edições Loyola, 2004

Legenda:
"O que deve ser dito no dia da festa de um santo."

"As legendas dos santos mostram, em imagens arquetípicas, como Deus interfere em nossa vida e como o caminho de nossa humanização chega a sua boa meta. (...) Enquanto a saga parte do homem e narra como ele se torna um herói divinizado, a legenda parte sempre de Deus. Sua mensagem básica é: Deus dá ao homem a forma que corresponde a sua verdadeira imagem.

As legendas se referem a homens concretos, históricos. Mas seu interesse mesmo é narrar a ação de Deus sobre o homem. (...) Na medida em que ouvimos a legenda e meditamos sobre ela, cresce em nós, aqui e hoje, a confiança de que Deus age em nós agora tal como agiu outrora nos santos. A legenda confia na graça que pode modificar qualquer pessoa. As legendas mostram que Deus (...) faz [o homem] atravessar as aflições deste tempo para a perfeição no Céu.

Portanto, (...) não importa se são historicamente verdadeiras, mas se descrevem uma verdade interior: a verdade da ação divina sobre o homem. (...) A legenda está convencida de que Deus intervém na história, a impregna e a marca com o Seu Espírito.

Este é, portanto, o cerne das legendas: Deus mostrou exemplarmente nos santos como, em situações históricas concretas, Ele pode curar e transformar. Na medida em que Deus faz valer a salvação e o sagrado em uma pessoa concreta, Ele fortalece nossa esperança de que Ele também afasta nossa aflição e transforma a danação em salvação."

FONTE: 50 Santos, Edições Loyola, 2005

Levita:
"Membro da tribo de Levi [um dos 12 filhos de Jacó, quem, junto ao avô Abraão e ao pai Isaque, é um dos patriarcas de Israel]. Eles viviam como os sacerdotes entre as tribos de Israel e não tinham território próprio (mas tinham cidades sacerdotais, com pastagens). A partir da concentração do culto no Templo de Jerusalém sob Josias, 620 a.C., começaram a concentrar-se ali."

FONTE: Bíblia Sagrada, Edições CNBB-Editora Canção Nova, 2008

Macabeus:
Dinastia de um povo que, "apesar de não serem descendetes da linhagem de Davi, seus integrantes se apresentam como salvadores de Israel. (...) Os judeus conquistaram a independência [estavam sob o selêucida Antíoco IV Epífanes, que 'saqueou o templo em 168-169 a.C. e o profanou com rituais pagãos'] e restauraram o ponto focal de sua religião. Durante uma briga pela sucessão entre os macabeus, os romanos foram chamados para ajudar. Eles entraram em Jerusalém em 63 a.C. e assim deram início à era romana na Palestina".

FONTE: Guia Visual da História da Bíblia, National Geographic, 2008

Núncio:
"McBrien explica os termos mencionados por Scherer (2009). 'Núncio' vem do latim nuntius e significa 'mensageiro'. Trata-se do 'legado pontifício que representa a Santa Sé junto a um Estado ou nação e também representa o papa junto a igrejas particulares naquele Estado ou nação.' (MCBRIEN, 2004, p.493). O autor sublinha que 'núncio' é diferente do 'delegado apostólico': este representa o papa junto às igrejas particulares de um Estado ou nação com os quais a Santa Sé não tem relações diplomáticas formais. Lo Bello é outro que esclarece os dois termos:

Diversos países do mundo mantêm relações diplomáticas com o Vaticano. Os embaixadores encontram-se não somente em nações católicas, mas também em protestantes, islâmicas, budistas e ateias. O embaixador do papa chama-se 'núncio' e tem o mesmo status que o embaixador de qualquer grande potência. Se um país não tem núncio, o Vaticano conduz os problemas nomeando um representante sem o status oficial de um embaixador; tais pessoas chamam-se delegados apostólicos. Na prática, essa pessoa recebe muitas vezes cortesias e privilégios que cabem aos embaixadores. (LO BELLO, 2003, p.133-134)."

FONTE: É Estado ou não é? O Vaticano no Direito Internacional - Monografia, 2010

Papa:
"De acordo com o McBrien (2004, p.23), 'papa' significa 'pai' em italiano. Ele revela que o termo se aplicava, 'nos primeiros séculos da história da Igreja, a todos os bispos do Ocidente' e, no Oriente, aos padres e ao patriarca de Alexandria – patriarca, segundo o autor, é 'o título do mais alto bispo de igreja autônoma ou de federação de igrejas locais (conhecidas como dioceses ou eparquias).' (MCBRIEN, 2004, p.494). Contudo, em 1073, o papa Gregório VII determinou formalmente que o uso do título de 'papa' ficava proibido para todos, a não ser ao bispo de Roma. Ainda de acordo com McBrien, além de bispo de Roma, o papa

Tem vários outros títulos: vigário de Jesus Cristo, sucessor do chefe dos apóstolos (vigário de Pedro), supremo pontífice da Igreja universal, patriarca do Ocidente, primaz da Itália, arcebispo metropolitano da província romana, soberano da cidade-estado do Vaticano e servo dos servos de Deus. (MCBRIEN, 2004, p.23).

Reese (1999, p.15) enumera os seus papéis: 'Ele é o bispo de Roma, o governante soberano do Estado da Cidade do Vaticano, e o sucessor de São Pedro como chefe do colégio dos bispos.' E destrinça cada um deles:

Como bispo de Roma, é diretamente responsável pelas necessidades espirituais dos 2,6 milhões de católicos da diocese de Roma, assim como todos os bispos de todo o mundo são responsáveis pelas necessidades espirituais dos fiéis de sua Igreja local. Como monarca da Cidade do Vaticano, um Estado independente [...], o papa é chefe de Estado civil como qualquer outro monarca de um Estado pequeno reconhecido no direito internacional. Como chefe do Colégio dos Bispos, que inclui todos os bispos do mundo, o papa lidera e dirige a Igreja Católica, sobre a qual ele e o Colégio têm a suprema autoridade. (REESE, 1999, p.15-16)."

FONTE: É Estado ou não é? O Vaticano no Direito Internacional - Monografia, 2010

Saduceu:
a) O partido da aristocracia sacerdotal, oposto ao partido religioso e popular dos fariseus. Os saduceus são constantemente apresentados como adversários da doutrina da ressurreição. O antagonismo entre fariseus e saduceus mais de uma vez transformará os primeiros em aliados dos cristãos.

FONTE: Bíblia de Jerusalém, Paulus, 2002

b) Grupo sacerdotal que regia o Templo na época dos Macabeus (vide verbete em ABCatólica) e de Cristo. O nome vem de Sadoc, sumo sacerdote do rei Salomão. Opostos aos fariseus.

FONTE: Bíblia Sagrada, Edições CNBB-Editora Canção Nova, 2008

c) Seita judaica que rejeitava toda tradição oral e da Bíblia e só aceitava o Pentateuco (cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio); simpatizava com o helenismo (vide verbete em ABCatólica) e com as doutrinas materialistas, não acreditando na ressurreição nem nos anjos. Eram adversários dos fariseus, corruptos e desprezados pelo povo. A maioria deles era da aristocracia sacerdotal e membros influentes da política.

FONTE: Bíblia Sagrada de Aparecida, Editora Santuário, 2009

d) Partido religioso e político. Separaram-se dos fariseus quando Jônatas usurpou o sumo sacerdócio (135a.C.). Desde então os saduceus entraram em luta com os fariseus, dos quais se distiguem pelas crenças religiosas. Na política, apoiavam a dominação romana e controlavam a nomeação dos sumos sacerdotes.

FONTE: Bíblia Vozes, Vozes, 2005

Sinédrio:
a) "Conselho", quer os pequenos das comunidades locais, quer (quase sempre no Novo Testamento) o Grande Conselho do judaísmo em Jerusalém.

FONTE: Bíblia Sagrada, Edições CNBB-Editora Canção Nova, 2008

b) Termo grego que significa "assembleia". Era composto de 71 membros, sob a presidência do sumo sacerdote. Seus membros provinham da aristocracia sacerdotal, da aristocracia leiga (saduceus [vide verbete em ABCatólica] ou anciãos [chefes das famílias tradicionais]) e dos escribas ou doutores da lei [que copiavam, conheciam e explicavam as Escrituras].

Competia ao sinédrio a defesa da ordem pública, o poder judicial, religioso e civil, e o poder executivo, com exceção da pena de morte. Sua jurisdição limitava-se à Judeia, mas os romanos admitiam a autoridade do sinédrio sobre todos os judeus do mundo.

FONTE: Bíblia Sagrada de Aparecida, Editora Santuário, 2009

c) Tribunal supremo do povo judeu. Era presidido pelo sumo sacerdote e composto de 70 membros, que podiam ser anciãos (chefes das famílias tradicionais), ex-sumo sacerdotes e escribas (que copiavam, conheciam e explicavam as Escrituras).

FONTE: Bíblia Vozes, Vozes, 2005

d) O Grande Sinédrio de Jerusalém era o tribunal supremo de Israel. "Sinédrio" e "Senado" designam a mesma assembleia: o Grande Sinédrio de Jerusalém.

FONTE: Bíblia de Jerusalém, Paulus, 2002

Sínodo:
a) Assembleia de eclesiásticos convocados por ordem do seu prelado ou de outro superior

FONTE: www.priberam.pt/dlpo

b) Reunião de sacerdotes e outras pessoas de uma diocese para iniciar um trabalho sobre assuntos referentes ao clero e aos fiéis.

FONTE: O incrível livro do Vaticano e curiosidades papais, Editora Santuário, 2003

c) Reuniões de líderes eclesiásticos para tratar de assuntos pertinentes à vida e missão da Igreja. Depois do [Concílio] Vaticamo II, Paulo VI [papa de 1963 a 1978] instituiu o Sínodo dos Bispos, que se reúne a intervalos regulares para aconselhar o papa em assuntos de interesse da Igreja universal.

FONTE: Os Papas, Edições Loyola, 2004

d) "O termo 'sínodo' era antigamente aplicado para qualquer reunião (local, regional, nacional ou ecumênica) convocada para discutir e às vezes resolver questões da Igreja. Neste sentido, era sinônimo de 'concílio'. Os sínodos patriarcais e outros sínodos são ainda comuns nas Igrejas Católicas Orientais. O Código de Direito Canônino de 1983 permite sínodos diocesanos e nacionais, mas estes últimos são extremamente raros, enquanto os primeiros não são numerosos."

FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999

Imagem de K Whiteford
Sínodo dos Bispos:
Criado por Paulo VI, papa de 1963 a 1978.

"Com delegados eleitos em conferências episcopais, o Sínodo dos Bispos é, na Igreja Católica, a coisa mais próxima de uma instituição representativa internacional. Na ausência de um concílio ecumênico, o Sínodo dos Bispos é a voz institucionalizada do Colégio dos Bispos. Para o colégio se pronunciar e atuar sobre questões importantes, defrontadas pela Igreja e pelo mundo, terá de fazê-lo através do Sínodo dos Bispos. (...)

O papel do sínodo é estritamente definido como de aconselhamento do papa, a menos que ele lhe conceda poder deliberativo. O papa convoca o sínodo (...). Para qualquer de suas recomendações ter efeito, ele precisa aprová-la. Assim, dependendo da vontade do papa, o sínodo pode desempenhar um papel grande ou pequeno na Igreja."

FONTE: O Vaticano por dentro, EDUSC, 1999


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