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| Foto de Blondinrikard Fröberg from Göteborg, Sweden (CC BY 2.0) |
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| Evangelho Segundo São Marcos (Mc 7, 33) |
A cantora americana Madonna, nos anos 1980, lançou o hit Spotlight, em português, Holofote. A certa altura da música, ela canta: "Todo mundo quer brilhar/ Não fique na linha lateral, dê um passo para a luz".
No século 21, parece que algumas pessoas levam isso a sério, lançando um holofote sobre si mesmas e sobre quase tudo o que fazem. Uma atitude oposta à que Jesus teve.
Um dos exemplos que a Bíblia traz é quando Ele curou um surdo-mudo. Antes de fazer o milagre, Cristo "tomou-o à parte dentre o povo", ou seja: puxou-o para um canto, para a linha lateral, tirando o feito do holofote. Depois do milagre, ainda proibiu que isso fosse dito a alguém.
Em outros termos: Jesus não buscava publicidade.
Madonna conclamava seus ouvintes a dar um passo para a luz. Ao contrário, foi na "escuridão" das margens, das periferias, que Cristo atuou. Foi entre os desprezados que Ele circulou.
Papa Francisco propõe o mesmo: saiam do centro, vão atrás dos marginalizados, nas linhas laterais do mundo!
Mas... Quem se dispõe a isso? Quem se dispõe à modéstia, ao recato, que marcaram a caminhada de Jesus aqui? Quem como Ele se dispõe a agir longe do holofote? Quem escolheria defender ou ficar ao lado dos excluídos, em vez de almejar estar entre os poderosos, em ser uma celebridade?
Seguir o exemplo de Cristo é ir contra o que Madonna propôs na canção Spotlight. Quem deve brilhar é a prática do amor aos destituídos, e não nós mesmos.
