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| Tela: "Cristo no mar da Galileia"
Ano: 1641 - Artista: Simon de Vos |
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| Evangelho Segundo São Marcos (Mc 6, 6) |
O início do Evangelho Segundo São Marcos mostra Jesus admirado ante duas situações semelhantes, ambas envolvendo a falta de fé.
Na primeira, a barca onde Ele estava com os discípulos fora invadida por água durante uma tormenta, apavorando seus ocupantes - exceto Cristo, que dormia. Na segunda, Jesus e Seus companheiros se adentraram em Nazaré, onde Ele foi recebido com ceticismo.
Para Cristo, soava incrível, depois das maravilhas que fez - exorcismos e curas -, os discípulos duvidarem de que estar com Ele era garantia de tudo terminar da melhor maneira.
Isso vale para nós também: a barca onde estavam pode simbolizar a nossa vida. Jesus vai conosco e, mesmo que pareça ausente, não há tormenta que possa contra a nossa fé Nele.
Quanto aos habitantes de Nazaré, eles se apegaram a minúcias da lógica: "De onde vem Sua sabedoria? Como Suas mãos operam milagres? Não é Ele um mero carpinteiro?". Tanta desconfiança demonstra descrença num Deus capaz de impossíveis.
O saudoso Padre Léo dizia ter "dó de gente feia e de gente sem fé". Tanto os discípulos na barca quanto os nazarenos vacilaram e causaram espanto em Cristo.
A diferença é que os primeiros não saíram do lado Dele e acabaram fortalecidos. Já os segundos, cegos pela exigência de explicações sobre o que Jesus era capaz, acabaram sem ver milagre algum, ou seja, na seca.
