Tela: "O Bom Samaritano" - Ano: 1647 Artista: Balthasar van Cortbemde |
Evangelho Segundo São Marcos (Mc 12, 32-34) |
Jesus não inovou ao dizer que devemos amar Deus e amar o próximo. Esses dois mandamentos já constavam nos livros do Deuteronômio e do Levítico, no Antigo Testamento. A novidade que Cristo trouxe foi juntá-los. Ele deixou claro que não adianta amar Deus, SE esse amor não vier acompanhado do amor ao próximo.
Certamente, nenhuma passagem bíblica ilustra isso tão bem quanto a parábola do "bom samaritano".
Um homem atacado por ladrões tomba ferido e meio morto num caminho. Por ele, um sacerdote e um levita (indivíduo religioso) passam, mas seguem adiante - já que uma lei diz que quem tocar em cadáver humano fica impuro por sete dias.
Pelo homem caído, passa também um samaritano, que se comoveu ao vê-lo e, tocando-o, fecha-lhe as feridas e leva-o a uma hospedaria, onde trataria dele.
Muito provavelmente, o sacerdote e o levita amavam Deus, porém esse amor não contemplava o amor ao próximo. Amavam Deus e só. Não entenderam que esse amor está condicionado ao amor Ao Outro.
Nós agimos assim também, quando vamos às missas, rezamos terços e novenas, integramos grupos e pastorais, mas desprezamos um mendigo, porque o julgamos "vagabundo", que está nessa situação "porque quer".
Jesus veio e mostrou, ao dar atenção e atender às súplicas dos desprezados de Sua sociedade, que segui-Lo é fazer o mesmo.