Tela: "A cura do cego em Jericó" - Ano: 1470 |
Evangelho Segundo São Marcos (Mc 10, 50-52) |
Bartimeu, o mendigo cego com quem Jesus Se encontrou na cidade de Jericó, tinha em comum com outra personagem bíblica, a cananeia, uma qualidade: a persistência.
Ao contar a parábola de outra mulher "teimosa", a viúva perseverante, que um juiz atendeu devido à insistência dela, Cristo mostrava que Deus não tarda em socorrer os que clamam por Ele dia e noite.
Foi isto o que Bartimeu fez: gritou cada vez mais alto, pra ser ouvido por Jesus.
Depois de implorar e uma vez que Cristo parou e lhe perguntou "Que queres que te faça?", que oração simples, mas tão poderosa, o mendigo cego fez: "Senhor, que eu veja!".
Bartimeu foi direto ao ponto. E recuperou a vista dos olhos, que confirmaram o que o seu coração já enxergava: que Jesus era o filho de Davi, o Messias esperado.
Por isso, Cristo asseverou: "A tua fé te salvou!".
Isto é que é prece: pedir a Deus para ver. Será que temos esta ousadia? A ousadia de orar pra ver, pra discernir na realidade onde Jesus está?
Pra reconhecê-Lo onde Ele mesmo falou que estaria, nos pobres, e depois estender-Lhe a mão?
Seguir Cristo por onde Ele iria foi consequência natural pra Bartimeu, que viu no Senhor, agora sem nuvem alguma nos olhos, o que Ele é: O Caminho.