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A Católica leu o delicioso A Infância de Jesus e constatou
que Cristo nasceu em uma gruta, de Mãe Virgem
e SIM: a estrela de Belém existiu!
Confira 2 mapas do céu na noite de Natal
e uma seleção dos melhores parágrafos
(Imagem: Das Christuskind - by 1881 -
Melchior Paul von Deschwander) |
Em minhas peregrinações pelas livrarias da minha cidade, Belo Horizonte, um vendedor - de nome Wilson - apresentou-me
um dos livros mais engraçados que já vi. Se não me engano, era uma edição de bolso (
Pocket Book) de autoria do desenhista e humorista
Millôr. De que tratava a obra que tanto me fez rir? Era simplesmente - e não mais do que isto - a compilação das "melhores" frases ou dos "melhores" parágrafos de 2 livros de autoria de 2 ex-presidentes do Brasil:
José Sarney e
Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Por que era tão engraçado? Porque Millôr escancarava, em meio a observações hilárias, como os 2 ex-presidentes do Brasil gostam de escrever usando palavras difíceis, que só moram no dicionário, termos que
ninguém mais na face da Terra conhece, a não ser... Eles mesmos!
Ali, folheando aquele
opúsculo (aha: também sei usar palavras difíceis, viu só?), bem, folheando aquele
livrinho na livraria Travessa, que ficava na Avenida Augusto de Lima, tive a certeza, amparada nas piadas de Millôr que permeiam toda a obra, que não é preciso ser tão
pernóstico (aha: outra palavra difícil!) para ser um escritor respeitado, tido como "inteligente", em outros termos,
um escritor de valor.
Arrisco a dizer que Joseph Ratzinger também deu uma olhadela na obra de Millôr:
Crítica da razão impura ou O primado da Ignorância (L&PM, 2002).
Sim, internauta.
Nosso Papa anterior,
agora com o título de Emérito, deve ter lido o livro engraçadíssimo do humorista brasileiro e dito para si mesmo: "Eu não quero ser
pernóstico feito o Sarney e o FHC!...". E assim, apesar de toda a sua notória erudição, da sua propalada capacidade como teólogo, de seu currículo extenso como clérigo e professor de universidade, de todas as obras que já escreveu; deparar-se com seu último livro como Papa Bento XVI é como ouvir uma aula gostosa ou o monólogo agradável... De um amigo.
Isto mesmo: o que mais me chamou a atenção em
A Infância de Jesus (Planeta, 2012) foi justamente
a maneira articulada e fácil de entender com que Bento XVI expõe tudo o que aprendeu e meditou sobre a chegada do Menino Deus a este mundo. Maravilha das maravilhas:
degustar uma obra escrita com tanta simplicidade e objetividade, praticamente sem precisar recorrer - a todo o momento - ao dicionário!...
Em
A Infância de Jesus, que está dividida em 4 capítulos + um epílogo (desfecho), nosso Papa Emérito argumenta que sim, nós podemos confiar na historicidade e veracidade dos Evangelhos de Mateus e Lucas (os quais narram a primeira parte da vida de Cristo); que Jesus nasceu em uma gruta, que um boi e um jumento contemplaram a cena; que Nossa Senhora era e permaneceu virgem e que existiu a famosa
estrela de Belém. Tudo isso embasado pelos estudos mais recentes - os quais ele cita.
A seguir, o Blog
A Católica mostra a compilação de
alguns dos parágrafos que mais me chamaram a atenção em cada um dos capítulos - são
apenas alguns, porque o livro inteiro é pleno de informações marcantes. Com a palavra, nosso Papa Emérito.