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Na exata medida em que as mascotes olímpicas ficaram feias,
as tochas se tornaram cada vez mais leves e "estilosas"... Confira + de 30 fotos e outros destaques da mostra em São Paulo
Imagem: Misha, o fofinho e inesquecível ursinho mascote das Olimpíadas de Moscou (1980) - Fotografia de Ana Paula (acatolica.com) |
- Raquel.
- Ana Luísa.
- Cristiane.
- Waleska.
- Michele.
- Daniela.
- Micheline.
- Professora, acabamos de escolher os times.
- Ei, falta eu!
- Ah, é a Ana Paula...
- Escolha o time em que você quer ficar. Qualquer um.
- Ai... Tomara que ela
não escolha
o nosso!...
Era sempre assim nas aulas de Educação Física, nos meus tempos de colégio. Dentro da sala de aula, (quase) todo mundo queria ser do meu grupo, mas nas quadras... Ninguém me queria! Claro, eu era uma negação nos esportes. Pequena e magra, alvo fácil das jogadoras do time adversário. Além disso, não tinha força nenhuma para compensar o
phisique du rôle mignon. Era a primeira a ser "queimada" e a prejudicar meu time.
Talvez por isso, não seja uma boa telespectadora de competições. Não tenho a mínima paciência para futebol, por exemplo. Acho uma chatice sem fim aqueles homens trocando passes rumo a um gol que custa a sair. Sem falar que é um tal de cair no chão a toda hora, só para "cavar" falta.
Porém, tanto despreparo e inaptidão para jogar ou ao menos para assistir a algumas modalidades esportivas não me impediram de, desde criancinha,
AMAR as Olimpíadas. A esperar com ansiedade, de quatro em quatro anos, pela cerimônia de abertura dos Jogos e a me emocionar nos encerramentos. Para mim, as Olimpíadas são mil vezes melhores do que as Copas do Mundo de Futebol.
Com isso em mente é que fui levada pela
minha irmã Andréa Cristina, que vive com o marido Luis Guilherme na
maior cidade do Brasil, São Paulo, a visitar a incrível exposição
Jogos Olímpicos.
Duas coisas me chamaram a atenção: 1) a mostra é coloridíssima. Super-atraente e 2) ela é curtinha. Em uma hora - até menos - você contempla tudo. E se diverte.
Se está em São Paulo e tem filhos a partir dos 7 anos de idade, pode levá-los sem medo e estimulá-los a ler os painéis verdes, vermelhos, laranjas e azuis, ricos em informações relevantes sobre a história da
coroa de louros que os campeões recebem, da
tocha olímpica que atravessa países e continentes para chegar ao local dos Jogos, da
trégua durante as competições e... Das cobiçadas medalhas. Televisores espalhados também exibem imagens históricas e mais recentes.
Há vários pontos altos.
Adorei saber que o basquete foi inventado a partir de um cesto simples de pêssegos; AMEI ver de perto o vestido deslumbrante que a
cantora Marisa Monte usou na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012 (puxa: como ela é magrinha!...); emocionei-me com a camisa da líbero Fabi,
bicampeã olímpica de vôlei pelo Brasil, e surpreendi-me com um bônus (e que bônus!): uma bola de futebol com a assinatura do
rei Pelé.
Destaco ainda a longa fila de medalhas - do ano de 1896 a 2012 - e
as mascotes de cada edição das Olimpíadas. Aqui, faço
uma observação: por que, meu Deus, elas deixaram de ser tão fofinhas, lindinhas e carismáticas como os inesquecíveis Sam, a águia (Los Angeles - 1984), e Misha, o urso (Moscou - 1980), para se tornarem grotescas, feias mesmo, como as das Olimpíadas de Atenas (2004) e Londres (2012)?
Deus me livre de algumas criações da Arte Contemporânea. Parece que alguns artistas pós-modernos querem encher o mundo de feiura!...
Bem, fico por aqui.
Na esperança de que
meu rebento Jaime Augusto, que é louco pela
Jabulani da Copa do Mundo de 2010 da África do Sul, se dê tão bem nas quadras como dentro da sala de aula. Senão, que a dedicação e o heroísmo dos atletas olímpicos de todos os tempos e países sirvam para inspirá-lo a superar seus próprios obstáculos. Como me inspiram. Desde criancinha.
As Olimpíadas são uma metáfora da vida. Com o bônus das medalhas de ouro, prata e bronze. E das mascotes de pelúcia, claro.
Saúde e Paz!!
Serviço: Exposição Jogos Olímpicos
Centro Cultural Fiesp . Ruth Cardoso
Avenida Paulista, nº 1.313, Bela Vista, São Paulo (BRASIL)
Até 30 de junho de 2013
Segunda-Feira, das 11h às 20h
Terça-Feira a Sábado, das 10h às 20h
Domingo, das 10h às 19h
Entrada de GRAÇA
**É permitido fotografar, desde que não se utilize
flashs.**
**Bolsas e sacolas devem ser deixadas em um guarda-volumes no local.**
Confira algumas
imagens exclusivas que o Blog
A Católica traz da exposição: