Pôster do filme Os Brutos Também Amam (Shane, em inglês) - 1953 Reprodução-Internet |
Os brutos também amam.
E eu amo um também.
A barriga ronca, comem.
O que têm, calha.
Não falam, resmungam -
às vezes o que convém.
Saem do canto
arregaçam as mangas
não ligam
pro suor na cara
enfiam
dois pés na lama.
Pau é pau
pedra é pedra -
não enlouquecem
não abstraem.
Não trocam as bolas
não fazem hora:
rezam curto,
amam ligeiro.
Dormem profundo...
... Despertam
sem dispersar.
O que querem está claro.
Seus segredos,
bem escondidos.
Cultuo meu homem
bruto:
coisa rara
num mundo impreciso.