Tela: Auf dem Rücken liegende Frau (1914), Egon Schiele |
Baixei as defesas:
a seiva está pouca.
Preciso dela pra dobrar
os joelhos,
ao menos os braços
na altura dos ombros
e pra olhar de soslaio
se ouço um barulho
novo.
Sou maria vai com as
outras:
quando seca cá fora,
deserto em mim.
E não saio de perto
do filtro
pra minimizar o estrago
de lábios e pés
rachados.
No calor,
mostro um tanto de pele
assim.
Que pena:
meu ascendente
na cadeia alimentar
está na praia -
não vai me engolir.
E tenra e quente
vou carregando
feito trouxa de retirante
minh'alma ardente
de gozo
pela baixa umidade
absoluta dos tempos.