O Casamento de William e Kate me fez pensar na Grande Ausência da mãe do herdeiro do trono britânico: Princesa Diana. Relembre as circunstâncias de sua morte e confira um editorial Fotografia de Vojko Kalan |
Dizem que cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo se postaram em frente à TV, a fim de assistir, nesta sexta-feira, ao casamento do Príncipe William - que (conforme a imprensa) recebeu da avó, a Rainha Elizabeth II do Reino Unido da Grã-Bretanha, o título de Duque de Cambridge - com Kate, que se tornou Duquesa Catherine. Eu fui uma delas. Uma dos 2 bilhões de telespectadores.
A cerimônia na Abadia de Westminster, da Igreja Anglicana, que fica em Londres (Inglaterra), foi belíssima. Destaco duas coisas: as tomadas de câmera, que começavam lá do alto e sobrevoavam os chapéus coloridos das elegantes convidadas (nobres ou não), e também o coral de meninos, que entoou várias canções as quais, mesmo sem entender nadinha dos versos, me emocionaram. O irmão da noiva, James Middleton, leu trechos de uma das epístolas de São Paulo, a Carta aos Romanos. Alguns versículos:
"Que vossa caridade não seja fingida. Aborrecei o mal, apegai-vos solidamente ao bem. Amai-vos mutuamente com afeição terna e fraternal. Adiantai-vos em honrar uns aos outros. Não relaxeis o vosso zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei às necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade.
Abençoai os que vos perseguem; abençoai-os, e não os praguejeis. Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram. Vivei em boa harmonia uns com os outros. Não vos deixeis levar pelo gosto das grandezas; afeiçoai-vos com as coisas modestas. Não sejais sábios aos vossos próprios olhos.
Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros, caríssimos, mas deixai agir a ira de Deus, porque está escrito: A mim a vingança; a mim exercer a justiça, diz o Senhor.
Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber. Procedendo assim, amontoarás carvões em brasa sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem" (Rm 12, 9-21).
Analistas disseram na TV que se trata de um texto religioso com forte mensagem política, adequada para um mundo globalizado e multiculturalista, urgentemente necessitado de respeito mútuo, entendimento e tolerância quanto o que vivemos.
Porém, este Post d'A Católica é para "chorar", digamos assim, uma ausência sentida no evento desta sexta-feira: a da Princesa Diana, mãe do Príncipe William, recém-convertido em Duque de Cambridge. Revirando anotações antigas, encontrei um editorial que escrevi para o Jornal Mural exibido na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich-UFMG), onde estudei Comunicação Social-Jornalismo.
Diana morreu aos 36 anos de idade na madrugada de 31 de agosto de 1997. Sua agonia, que durou cerca de três horas, começou em um túnel próximo ao rio Sena, em Paris (França).