Tela: The Jockey (1899), Henri de Toulouse-Lautrec |
Um lençol branco
se estende
sobre o panorama:
o novo dia nasceu.
Nas baias
os cavalos despertam.
Trotam, relincham
recebem arreios -
acompanham o tratador.
São lavados,
penteados -
lhes veem os dentes.
Cascos lixados,
recebem a sela -
lhes montam no dorso.
Marcham, galopam.
Sacodem poeira.
Se agradam, afagos.
Se não, esporadas.
Corpos suados,
retornam às baias
limpas -
é o descanso merecido:
o lençol do outro dia
não demora a se esticar.