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Foto: Modelo do homem Homo neanderthalensis no Museu de História Natural de Viena, na Áustria - Autor: Jakub Halun (CC BY-SA 4.0) |
Noutro dia, num telefonema, um senhor que conheço bem manifestou certa apreensão com o envelhecimento. Disse que não gostaria de chegar à idade de seus pais - que morreram com 95 e 93 anos -, pra não ser cuidado, ficar dependente e "dar trabalho". Durante a nossa conversa, mencionei pra ele o documentário da
Netflix a que estou assistindo:
Os Segredos dos Neandertais.
Logo no começo, uma informação me enterneceu: a descoberta de um esqueleto Neandertal numa caverna no Curdistão, o qual estava com um ferimento na cabeça, cego do olho esquerdo, sem parte do braço direito, os dedos dos pés quebrados e... Artrite em um dos joelhos. Em volta dele, outros esqueletos. O que isso revelou aos arqueólogos?
Mostrou-lhes que aquele Neandertal, que morreu há 45 mil anos, de idade relativamente avançada, não foi excluído, deixado de lado, mas abraçado por seu grupo. Como disse uma das especialistas: "Essa descoberta sugeria que poderia haver um elemento de cuidado e compaixão na sociedade Neandertal".