24 de julho de 2019

Ciclo

Tela: Twilight (1867), Sanford Robinson Gifford

Como uma matrona lânguida
que assume a própria sorte,
a paisagem acolhe a luz infante
que nasceu há pouco no horizonte.

Com os braços cheios de ânsia
ela embala doravante
uma criança de gênio forte,
que se esquenta com quem vê defronte.

Porém passa, toda infância
(tudo evolui num instante)
e assim se emancipa, nos conformes,
quem à noite esfria e vai pra longe.


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Atribuição: Ana Paula Camargo (acatolica.blogspot.com).
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