Tela: Statue in the Park of Versailles, Giovanni Boldini (1842-1931) |
Se flores dispersas pelo outono
perecem à sua frente, pelo chão
ou se uns pombos revoltos
lhe pousam na palma das mãos,
a estátua solene dá de ombros:
tá no sangue não ter comoção.
Se ganhasse vida num sopro,
tão visceral é sua disposição,
que pra não ver alguém disposto
a demovê-la dessa condição
um musgo discreto no rosto
seria, pra ela, perfeita alegação.