Tela: Impression, soleil levant (1872), Claude Monet |
Há uma hora em que só o dia e eu despertamos.
Enquanto o resto placidamente se estira.
E um com o outro, flertamos,
num delicioso suspense de amantes,
hiato cheio de anseio e neblina.
Então o horizonte se espreguiça
e a cidade boceja
com galos, carros e demais latomias.
E o que era a nossa delícia
depressa se enche e nos distancia.