20 de julho de 2012
Não odeie: seja indiferente
Eu achava que o contrário do amor fosse o ódio. Porém, um professor que tive na faculdade - mais exatamente professor da disciplina "Ética e Legislação no Jornalismo" -, que gostava de fazer meditações antes de sua aula, nos disse que o contrário do amor é a indiferença. Nunca mais esqueci.
Ele explicou: "Amor e ódio estão muito próximos um do outro. São como duas pontas de uma reta. Quando você as une, forma um círculo. Ou seja: um acaba bem perto do outro". O professor continuou: "Se você quer 'matar' alguém, seja indiferente a ele. Não demonstre os seus sentimentos. Não odeie".
Relacionar-se é dificílimo. E não estou falando de relacionamento esposa e marido nem de pais e filhos. É que às vezes, aliás, é que muitas vezes a vida nos impõe a conviver ou mesmo a ver de vez em quando pessoas por quem nutrimos sincera e tremenda antipatia. Seja um colega de trabalho, com quem convivemos, seja um parente com quem nos esbarramos numa visita, num evento de família, vez e outra.
Tive um colega de trabalho intragável.
Soube que me apelidou de "Meio Quilo". Eu me referia a ele, nas conversas com o meu então namorado (hoje, marido), como "Energúmeno" - afinal, eu estava ressentida, com raiva. Em público, diante dos outros jornalistas, o tal colega tentava, tentava e tentava me tirar do sério (como dizemos aqui no Brasil). Nunca cedi.
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Dona de casa, poeta e teóloga autodidata
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